domingo, 10 de maio de 2009

Portugal – a nova realidade – uma grande Nação

“ Ao português não está reservado o triste e inútil destino, de se adaptar a um mundo feito por outros, mas sim assumir a sua vocação histórica de ser obreiro de um mundo novo ”

A apresentação da proposta de alargamento da Plataforma Continental portuguesa à Convenção das Nações Unidas sobre o direito dos mares, deveria constituir a mais importante acção mobilizadora da vontade nacional.
Portugal aumentará em cerca de 15 vezes a sua extensão de soberania.
A Dimensão de Portugal passará dos 92.082 Km2, para cerca de 1.300.000 Km2.

Esta notícia de importância transcendente, esta oportunidade incrível, não é dado relevo nos órgãos de comunicação social portugueses. Apenas o Jornal “o Público” a apresenta com notícia de primeira página.
Só esta circunstância demonstra a triste realidade nacional. A grande oportunidade portuguesa não é notícia importante.
Ela representa todo o nosso actual cepticismo, toda a campanha de resignação a que estamos sujeitos permanentemente.
Os actuais políticos e os actuais partidos são meros servidores de um mundo dirigido por outros interesses. São apenas pequenos servidores, que nos têm conduzido a uma tentativa dolorosa de adaptação a dinâmicas económicas e políticas, para as quais não temos a mínima capacidade de afirmação. Por isso sofremos as crises mundiais de uma forma mais violenta e mais dramática.
A esses políticos não interessa um povo que acredite nas suas potencialidades, crente e confiante, destinado a encontrar alternativas de futuro.
Interessa-lhes muito mais este estado de espírito de descrença crónico, que origina que muitos portugueses perante esta notícia de esperança e motivação, tenham esse pensamento dramático…” para que queremos um tão grande país? a quem vamos entregar a exploração de tanta riqueza? “

Porém para lá da notícia está a realidade.
A realidade é que os cientistas portugueses conseguiram preparar convenientemente, todos os estudos necessários para a apreciação das Nações Unidas.
A realidade é que afinal “Portugal não é um país pequeno” é um grande país, também uma grande Nação.
A realidade é que os portugueses, afinal têm uma nova oportunidade histórica e uma confirmação da sua vocação.
A realidade é que há um caminho que nos pode trazer riqueza e bem-estar.
Esta é sem dúvida uma questão de importância decisiva que tudo vai mudar.
A partir do momento em que os portugueses acreditem na sua grandeza e nas oportunidades que este estatuto lhes confere tudo mudará.
Os políticos e os Partidos, passarão a inverter a sua postura, pois serão eles que se terão de adaptar a essa nova realidade.
A mensagem tradicional “somos portugueses e pequeninos, porque temos um pequeno país”, tem sido a mensagem indutora do desastre nacional.
Esta notícia e a elevada probabilidade das Nações Unidas virem a reconhecer a nova realidade e grande dimensão de Portugal, tudo vai alterar.
Passará a ser ridículo andar-mos de “mão estendida” na Europa, pois reconhecerão a dimensão da nossa riqueza.
O novo estatuto e o renovado prestígio, trará outras propostas de negociação, para as quais teremos de encontrar “negociadores”, mais capazes e mais credíveis.

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