sábado, 26 de março de 2011

Portugal é muito mais que este regime e não poderá sucumbir com ele.

Vivemos com despesas muito acima dos nossos rendimentos.
Famílias e Estado.
Mais de uma década sem desenvolvimento económico e com a despesa pública sempre a aumentar.
Empréstimos bancários induziram e suportaram esta loucura.
As famílias vão à falência de uma forma discreta, mas dramática…só desde o princípio do ano declararam a sua insolvência em tribunal mais de mil famílias.
A comunicação social dá apenas destaque ao problema nacional…o Estado português segue o mesmo rumo de insolvência de muitas famílias de portugueses.
Sonhamos demasiado alto e os nossos governantes foram incapazes de terem o bom senso de travar sonhos inconsistentes.
A nossa dívida atinge hoje valores superiores a 100% do PIB…nunca na história de Portugal tivemos uma crise financeira tão grave e as anteriores deram origem a revoluções penosas.
O Estado Previdência, o Estado que tudo a todos, garantia…esta foi a ilusão que nos condenou…um Estado que absorve 50% da riqueza produzida e que ainda tem necessidade absoluta e permanente de recorrer ao crédito externo.
Um Estado despesista, que sufoca a economia e as famílias, que matem uma postura de novo riquismo, continuando a viver sem contenção e com atitudes inconcebíveis de parcerias público privadas, que são autênticos massacres às finanças públicas e bónus de Natal para algumas empresas privadas.
Não só não há qualquer coerência nesta situação, como não há qualquer proposta concreta para sair dela.
O Chefe de Estado pede desenvolvimento, através das exportações…como se não soubesse que o ambiente político, fiscal e jurídico, português impossibilita totalmente essa possibilidade.
Os Partidos políticos dividem-se na sua utopia.
Os auto apelidados de esquerda, que insistem no reforço do Estado como entidade dominante da vida das famílias e como promotor da economia…os outros, aqueles que têm ambições de poder, são incapazes de falar a verdade, tementes das consequências eleitorais.
Prisioneiros destas limitações, discutimos a austeridade que nos impõem os nossos credores.
Não se discute a essência da questão… a divida soberana e a estagnação económica.
As medidas que são propostas e impostas…a austeridade, os sacrifícios e a quebra de direitos, também os violentos e sucessivos aumentos de impostos, têm apenas o objectivo da continuação da saga do aumento do nosso endividamento e promovem a nossa estagnação económica.
Sacrifícios sem qualquer garantia de melhoria da situação portuguesa, pelo contrário com fortes probabilidades de nos levar para a bancarrota.
Irresponsabilidade total.
Não temos nenhum estadista á altura do grave momento que enfrentamos, talvez o mais dramático de toda a nossa história.
Não temos no actual espectro partidário nenhuma organização política, capaz de assumir uma atitude de responsabilidade e de verdade. Capaz de mobilizar a nação através de um plano consistente e coerente … um projecto de salvação nacional.
Os portugueses irão para eleições sem conhecerem a realidade da situação portuguesa…uma autêntica indução política à inconsciência colectiva. Uma fraude.
Perante esta situação exigia-se do Chefe de Estado duas atitudes.
1- Uma auditoria externa às contas públicas do Estado, pré eleitoral, para esclarecimento integral da situação e das responsabilidades;
2- Uma exigência aos partidos políticos para um acordo de regime e de emergência, que caso não fosse possível ou viável, justificaria um Governo de iniciativa presidencial.
Mas o Chefe de Estado, não tem esta envergadura… um reformado, dependente, fraco e também com muitas responsabilidades no cartório.
A mesquinhez tomou conta de Portugal, só pequenos homens conseguem sobreviver neste triste e pantanoso ambiente político, em que se deixou reduzir esta República.
Portugal é muito mais do que este regime e não poderá sucumbir com dele.
Um fraco rei, torna fraco um forte povo.
Está na altura de mudar de rei.
José J. Lima Monteiro Andrade.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Acreditar na mudança, através de quem nos afundou? Acreditar numa austeridade imposta e sem objectivos? Que sugestão política mais incongruente…

Aos portugueses é imposto um caminho de sacrifícios, que lhes são exigidos sem uma justificação fundamentada, sem uma clarificação dos resultados e dos objectivos.
Para quê? Esta a questão que se generaliza e revolta. Logo surge a resposta fácil e concreta… manter um Estado com uma obesidade extrema e insustentável, pleno de privilégios atribuídos às militâncias partidárias, sem a capacidade, sequer preocupação, de demonstrar a sua utilidade e interesse de bem servir.
Sufoca-se a sociedade com impostos, que afectam direitos e rendimentos das famílias, que trava o desenvolvimento económico e simultaneamente perante a desmotivação, descontentamento, indignação e revolta, fazem-se apelos de mobilização nacionais.
A incongruência ultrapassa o limite do razoável e demonstra à evidência o desnorte total de uma desgovernação, que teima em prosseguir um rumo de gestão corrente, sem projecto político, sem doutrina ou ideologia.
Portugal não tem motivação para ultrapassar a grave crise política, financeira, social e económica, porque os portugueses são desrespeitados e os actuais partidos dominantes são incapazes de apresentar o seu rumo de referência política, social e económica, porque não têm um projecto de futuro para o país.
Sacrifícios sem objectivos, sem metas, sem a clarificação dos seus resultados, sem um projecto de reformas exigíveis.
A questão não é apenas de não termos líderes políticos à altura, mas de termos um sistema político muito doente, incapaz de gerar lideranças e projectos, merecedores da confiança dos portugueses e capazes de gerar o entusiasmo colectivo.
Não haverá, nem nunca houve projecto de qualidade sem confiança e entusiasmo.
Se queremos salvar Portugal, se queremos ter futuro autónomo, se queremos preservar a nossa dignidade e os nossos direitos e liberdades, termos de ser capazes de fazer a ruptura com o sistema actual e exigir a indispensável mudança.
Insistem os responsáveis políticos pelo desastre nacional, em tentar convencer os portugueses que através deles será possível a regeneração do sonho de liberdade e de bem-estar. Já não acreditam nessa panaceia a maioria dos portugueses…muitos ainda se deixarão embalar nesta triste e agónica canção dos partidos dominantes, porque não visionam alternativas, outros porque acreditam na sua ingenuidade que basta mudar lideranças em partidos para gerar mudanças…mas a verdade é que nestas crenças, também já não existe a convicção mobilizadora.
A mudança do regime e sistema político é inevitável, para a regeneração de Portugal…aos mais conscientes exige-se neste momento histórico decisivo, o protagonismo empenhado, que mobilizará a vontade colectiva.
A palavra é dos inconformados, o futuro de Portugal está nas suas mãos e na sua atitude patriótica.
Exige-se uma nova ideologia mobilizadora, que ultrapasse definitivamente os complexos e as marcas divisionistas das doutrinas ideológicas do passado e origine um projecto político nacional.
Humanismo e Patriotismo.
Portugal é uma potência Universalista.
A lusofonia é um património histórico, cultural e económico.
O nosso património humano, cultural, territorial e marítimo, representa uma enorme potencialidade, que não pode continuar ser desprezado, mas sim integrado no nosso projecto de futuro.
Acreditar na nossa diferenciação, como povo, como Nação…nascemos livres e livres haveremos de continuar a ser… a liberdade é o nosso primeiro valor individual e colectivo.
Acreditar, foi o sentido inicial da nacionalidade, como será sempre o sentido do nosso futuro.
Acreditar nos portugueses, acreditar em Portugal.
José J. Lima Monteiro Andrade

terça-feira, 15 de março de 2011

Sócrates ultrapassará a actual situação política e vencerá…só o povo português o poderá derrotar.

O senhor Presidente da República, lançou há uns meses a despropositada mensagem de que eleições antecipadas, seriam uma bomba atómica política.
Sócrates, agradeceu esta mensagem e a garantia que ela representava…a tal ponto, que já não teve pudor de trazer agora à luz do dia, todos os seus tiques anti-democráticos.
Eleições uma bomba atómica? Este é o reconhecimento público de que o sistema não tem como premissa essencial ser uma democracia…um governo do povo, para o povo.
Estes dois protagonistas do actual momento político, revelam assim o seu temor pela discussão pública da verdade, em período eleitoral…eles pretendem apenas preservar a mentira em que ambos foram coniventes, retirando dos portugueses a capacidade de exigirem, decidirem e optarem.
A democracia está paralisada pelo compromisso de mentira, destes nossos protagonistas políticos.
Cavaco Silva, desconhecia em Outubro de 2009, a gravidade da situação financeira nacional? Se não sabia, estamos perante um economista de terceira e um político medíocre, se sabia, porque deu posse a um Governo minoritário?
Sócrates, que anunciava nessa campanha eleitoral o paraíso aos portugueses, sabia ou não qual era essa situação? Será que é apenas inconsciente?
Não creio, apesar de também o ser. Ele é sobretudo um manipulador da mentira.
Agora Sócrates, arroga-se ao desassombro de apresentar em Bruxelas um quarto plano de austeridade e sacrifícios, sem sequer ter o respeito mínimo de informar os portugueses, o PR, os parceiros sociais e imagine-se, os próprios outros membros do Governo.
Desassombro ditaturial, que é uma consequência natural da permissividade política, que a atitude Presidencial lhe proporciona.
A chantagem é evidente…Portugal precisa do apoio que lhe oferece a União Europeia e em particular a Chanceler Merkel… ou este apoio ou a desgraça.
Sócrates afirma com todo o despudor… eu apenas cumpro a minha responsabilidade de tomar as medidas difíceis (que muito me custam), mas que são essenciais ao país e que se forem adiadas, serão bem mais graves.
Sócrates, não só não admite quaisquer responsabilidades, como construtor do drama financeiro onde nos enfiou, como pelo contrário, sabe que tem o ambiente político favorável, para impor a sua determinação…Cavaco é um fraco, o líder da oposição um inexperiente, que terá de voltar a pedir desculpas aos portugueses.
A seu favor saltam os mais acreditados “fazedores de opinião”… Marcelo Rebelo de Sousa, veio hoje afirmar que o futuro terá de passar por um acordo PS/PSD.
Esta tese associada à da necessária estabilidade política, é o conforto de Sócrates e o descanso para Cavaco, pois dispensa a consulta eleitoral, por desnecessária e perigosa.
Acreditar que o PSD, vai resistir a todas a pressões internas e externas, é uma ingenuidade.
Cavaco já anunciou que só intervirá se houver crise institucional…ou seja não demitirá Sócrates, nem dissolverá a Assembleia…dará um jeitinho dentro do seu partido para que essa crise nunca venha a acontecer.
A solução passa assim por matar politicamente o actual líder do PSD, que obviamente já não terá condições para voltar a pedir desculpas aos portugueses.
Sócrates vencerá em toda a linha, esta aparente crise política.
Só o povo português o poderá derrotar. Terá de o fazer, pois trata-se da verdadeira exigência nacional.
José J. Lima Monteiro Andrade

sábado, 12 de março de 2011

Porque apoio o Protesto “Geração à Rasca” e a Manifestação de 12 de Março

-Porque indignado e inconformado, com a situação degradante e muito grave de natureza, política, social e económica, com que o actual sistema político, afundou Portugal.
- Porque são os jovens os mais penalizados, que não só não auferiram benesses decorrentes da euforia politica, como lhes são vedados horizontes de oportunidade e simultaneamente são condenados, por terem de vir a suportar o pagamento da incúria politica actual e do passado recente.
- Porque entendo perfeitamente natural e justo este protesto, contra a ideologia dominante, que formou e referenciou a actual juventude, para uma sociedade de pleno emprego, de garantia estatal de rendimentos, de facilitismo, que hoje se revela como a grande mentira política.
- Porque é essencial exigir, um discurso e políticas de verdade.
- Porque perante os horizontes negros de oportunidade de vida, da actual juventude se pavoneiam nos seus privilégios e mordomias toda uma classe política e seus cúmplices apoiantes do sistema, decretando sucessivamente medidas de austeridade, que retiram rendimentos, direitos e tornam ainda mais negro o futuro.
- Porque perante esta situação em que um país despreza a sua juventude, em que muitos têm apenas como alternativa a saída para o estrangeiro, estamos a promover uma inaceitável sangria humana, que constitui uma das mais graves consequências, decorrentes da actual irresponsabilidade política.
- Porque o marasmo e a apatia dos portugueses perante a sistemática mentira política e perante as políticas avulsas, tem constituído um aval inaceitável, que este protesto vem alterar, contribuindo por isso, para uma nova dinâmica crítica, essencial à recuperação do sentido democrático da sociedade portuguesa.
- Porque o simples facto, de estarmos perante uma situação generalizada de desmotivação e inicio de contestação das camadas mais jovens da população activa, é o sinal mais evidente da grave doença social e económica actual.
- Porque se trata de um apelo genuíno, por conseguinte natural, que não teve a génese nem partidária, nem sócio profissional, sendo assim um reflexo inequívoco do sentimento e da vontade de uma parte essencial dos portugueses, que representa uma profunda e muito significativa mudança de comportamento social, essencial para a consciencialização do sentido crítico dos portugueses e a luta contra a manipulação e alienação.
Sem confiança e crença no futuro, não será nunca possível ultrapassarmos as nossas graves dificuldades.
É por este facto, pela descrença e desmotivação, que se generalizou em toda a sociedade portuguesa, que estamos neste impasse de pedintes de empréstimos no exterior e dependentes das suas exigências de austeridade, cada vez mais pobres e menos capacitados para o desenvolvimento económico e social.
Portugal terá de abandonar as dinâmicas avulsas, assumir um projecto nacional, pois só assim, com verdade e entusiasmo, que leve a que a população portuguesa acredite e se empenhe, poderemos voltar a ter futuro. O regime e sistema político já demonstrou… ser incapaz de se regenerar.
Bem hajam… pela vossa iniciativa e determinação.
Á “rasca” está toda a população portuguesa.
É com orgulho que estarei convosco….Obrigado.

José J. Lima Monteiro Andrade