quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Idealismo amordaçado

A maior ameaça à sociedade é esta acção política permanente de liquidar o idealismo humano.
Os partidos políticos já não seguem as suas ideologias, os homens políticos movem-se através de estímulos a oportunidades de carreiras e de benefícios sociais e financeiros.
A comunicação social está exclusivamente ao serviço desta neutralização do pensamento e sentimento humano.
Vive-se o dia a dia, aceita-se uma realidade materialista, abafam-se os sentimentos susceptíveis de induzir ao pensamento.
A resignação social, a este estado de estrangulamento colectivo do ser humano, é a realidade mais grave da sociedade actual.
Não há a expressão do idealismo.
O idealismo pressupõe o pensamento profundo, que origina a convicção, associado à emoção e à generosidade.
O idealismo é assim a mais genuína das expressões humanas, como forma de encontrar o equilíbrio social e o caminho do futuro.
A resignação que todos hoje sentimos nos portugueses, é simplesmente uma consequência deste triste desaparecimento do idealismo político.
Um país sem idealismo, é apenas uma massa amorfa, totalmente dependente e sem condições de encontrar o seu rumo.
Este é o estado lamentável a que chegamos.
Já não há comunistas, nem socialistas, nem humanistas, nem republicanos, nem monárquicos.
Há apenas resignados, que são comandados pelos que estão ao serviço da ordem mundial, a globalização.
A globalização é hoje a ditadura, que impede a expressão do livre pensamento e do idealismo político.
A globalização é hoje a ditadura, que impede a expressão dos sentimentos e origina o abandono dos valores e da identidade dos povos.
A globalização não é uma ideologia, apenas uma consequência da ausência do idealismo humano, subjugado aos interesses das relações comerciais e empresariais.
É a castração do homem na sua essência.
Sentimentos como o patriotismo foram condenados.
Valores como o primado da família na sociedade, foram e continuam a ser, cada vez mais, subalternizados.
A sociedade tem de ser formatada para aceitar a globalização.
Limitações cada vez maiores, aos direitos e liberdades individuais, serão impostas.
O caminho é o da desumanização.
O grande desígnio histórico de Portugal foi a sua afirmação no mundo.
Um pequeno país da Europa, com uma cultura e com um arrojo tal, que foi capaz de se impor em todos os Continentes e preservar a sua independência e identidade, até aos dias de hoje.
A Portugal põe-se hoje este simples desafio.
Continuar a preservar a sua diferenciação no mundo, ou seguir esta tentação de não ter rumo e deixar-se embalar pela mentira mundial.
Voltar a ser uma Nação, ou ser apenas um espaço com algumas, cada vez mais ténues diferenciações, comandado e dirigido por burocratas.
Só com a recuperação do idealismo, será possível não seguir este caminho, que hoje nos impõem.
Será preciso para tal, recuperar e associar o de essencial nos une e entusiasmar a sociedade.
Recuperar em conjunto, os valores do humanismo, os valores democráticos, o sentimento patriótico e a identidade e orgulho dos portugueses.
Esta unificação de valores e sentimentos, já não pode ser veiculada através de um regime que se deixou agonizar, ao transformar-se em carrasco do idealismo.
Esta unificação de valores e sentimentos, só pode ser veiculada através de uma mensagem de esperança nova, de uma mensagem alternativa…a Monarquia.
A mensagem monárquica, só será uma mensagem de esperança e entusiasmante, se for um projecto credível, consubstanciado no idealismo motivador.
Um projecto de mudança de regime, mas também da sociedade.
Uma abertura ao idealismo, o renascimento do humanismo, da liberdade, da democracia e do patriotismo.
Os portugueses saberão responder a esta convicção, associada ao sentimento.
José J. Lima Monteiro Andrade

sábado, 16 de janeiro de 2010

Portugal ou os Partidos? … salvação ou mudança do Regime?

O que nos está a revelar, as negociações para aprovação do Orçamento do actual Governo?
Uma enorme preocupação dos partidos parlamentares, para consigo próprios.
Para eles, o essencial é a questão eleitoral. A nenhum partido convém as eleições antecipadas.
As negociações, fazem-se à volta de pormenores, “do tipo reduz este imposto e aumenta aquele outro”… de forma, a que no final, o Orçamento seja aprovado, com a abstenção de uns e apoio de outros, mas com o único e exclusivo objectivo de manter o país político a salvo de novas eleições.
Portugal e a sociedade portuguesa são assim absolutamente secundarizados, neste jogo de interesses particulares dos actuais partidos políticos, exclusivamente com o objectivo de preservarem o seu respectivo estatuto de influência e dominância.
Curiosamente é neste momento expressivo da subalternização dos interesses nacionais, dos actuais partidos parlamentares, face aos seus interesses eleitorais e de influência, que surge a afirmação da candidatura de Manuel Alegre, com um discurso, que para muitos é surpreendente.
O Discurso do patriotismo e do nacionalismo, feito por um candidato da área socialista e da esquerda tradicional.
Manuel Alegre, responde assim não apenas, à mesquinhez política dos partidos parlamentares, mas também, à caduca visão tecnocrática do actual Presidente da República e seu provável adversário nas eleições presidenciais.
Ele vem colocar-se como o arauto da defesa possível da 3ª Republica, através da única forma possível, que é a salvaguarda da independência nacional, da valorização de um povo com nove séculos de História, da identidade portuguesa.
Com este discurso pretende ser o grande salvador deste regime e reconheçamos que o seu discurso irá mobilizar uma boa parte da direita e tem fortes probabilidades de sair vencedor.
Este candidato presidencial, vem assim colocar no debate político a questão essencial para Portugal e os portugueses.
A questão do patriotismo, do amor por Portugal, a questão das soluções de futuro através da salvaguarda da nossa independência, autonomia e potencialidades próprias.
Manuel Alegre faz o discurso monárquico, para tentar regenerar e salvar a República.
Ele quer colocar-se na posição, em que só um Rei, como herdeiro legítimo da nossa história tem condições para se colocar.
Como um Chefe de Estado de todos os portugueses, independente, autónomo e imparcial, que por esse facto, coloca sempre os interesses nacionais acima dos jogos partidários.
Como um Chefe de Estado, com um verdadeiro magistrado de influência, sobre a sociedade portuguesa, que não está comprometido com nenhum partido, nem com os seus interesses momentâneos e as suas estratégias de influência e dominância.
Manuel Alegre faz o discurso do Rei Presidente, escolhido através de uma eleição.
Ou seja, este agora candidato à presidência da República, vem tentar salvar e regenerar o actual regime, através duma parte da essência da doutrina monárquica, substituindo-se à inépcia crónica dos monárquicos, que se continuam a entreter apenas com actos de bajulação, á única figura, capaz de personalizar com consistência e coerência este novo discurso.
Aos monárquicos portugueses compete e exige-se, que perante este novo discurso, uma atitude determinada de resposta clara e inequívoca.
Só D. Duarte de Bragança, tem o simbolismo e a indispensável independência política e ideológica, para cumprir este novo discurso de patriotismo e rejuvenescimento da alma do povo português.
Só a Monarquia pode restaurar a esperança portuguesa e assegurar com consistência e coerência, as mudanças essenciais que garantam o futuro de Portugal.
O desafio político, está assim colocado aos defensores e simpatizantes do regime monárquico.
Esse desafio é o da afirmação na sociedade portuguesa e no debate político nacional.
José J. Lima Monteiro Andrade

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Caminho que todos conhecem... A Solução que não querem ver

Todos sabem que Portugal tem de mudar o seu Regime Político.
Todos sentem que a democracia está adulterada e cada vez mais reduzida no seu sentido.
Todos conhecem as soluções de mudança, que são exigíveis, para recuperar a sociedade portuguesa.
Que temos um peso da Administração pública insustentável, que teremos de privatizar os serviços.
Que temos um sistema eleitoral, que beneficia a irresponsabilidade política e a mediocridade.
Que temos um Regime, que é permissivo ao compadrio e à dependência dos interesses partidários, pessoais e dos interesses estrangeiros. Permissivo à corrupção e aos conluios dos interesses, que não garante a independência e autonomia dos poderes legislativo, governativo e judicial.
Todos sabem que a crise não é apenas económica, mas uma crise de valores e da sociedade.
Todos conhecem as soluções para o desenvolvimento económico, mas persiste-se em soluções insustentáveis.
Comprometem-se gerações futuras, hipoteca-se um país, através de projectos grandiosos, que não temos condições nem de pagar, nem de beneficiar ou usufruir.
Todos sabem que nenhum país sobreviverá, apenas com projectos de investimento públicos.
Que nenhuma retoma económica e social será possível, apenas com uma politica de fomento de serviços, sem uma actividade produtiva dinâmica.
Todos sabem que o estímulo empresarial individual, é a base essencial da recuperação, mas persiste-se no seu aniquilamento.
Todos sabem que o ensino público é a garantia do nosso futuro, mas é precisamente aí que prolifera a maior das desgraças e o declínio da formação académica é uma triste realidade.
Não está na falta de consciência dos políticos, o seu pecado. Pois todos conhecem a realidade e as consequências dos seus erros.
O problema está em que esses políticos, apenas podem dizer e agir, de acordo com o que é fácil e á agradável de ouvir.
Porque esses políticos são frágeis e apenas se conduzem pela suas carreiras e por consequência numa perspectiva de curto prazo.
Porque esses políticos não pagam nunca a factura dos seus erros…nem da sua falta de coragem para encarara a realidade.
Porque esses políticos são instrumentalizados e influenciados por grandes outros lobies estrangeiros.
Porque não há uma cultura social de exigência, que os obrigue a seguir a premissa do Serviço Público.
Não há essa cultura de exigência, porque ela não é conveniente.
Todos sabemos isso e a isso somos permissivos.
Um Presidente da República, dependente e reconhecido, pois foi eleito através de acordos partidários e a quem presentearam com um final de carreira política de prestígio, não tem assim nenhuma condição para fazer na sociedade este trabalho essencial e determinante, que é o de promover a exigência da sociedade civil, para com os que estão na política e no serviço público.
Um Presidente da República, apenas tem de ser reconhecido para com aqueles que o homenagearam e nunca irá também pagar a factura dos seus erros.
Preserva-se um sistema que não premeia o mérito na sociedade, nem o orgulho dos portugueses.
A descrença está generalizada, não há motivação, cada um carpe mágoas e faz acusações, sem a ilusão da mudança possível.
Como é possível então, que nem todos vejam o óbvio.
Só com um Regime, em que o Chefe de Estado, não seja temporário ou provisório, que assuma o pagamento das facturas e com isso comprometa também seus filhos e toda a sua família, poderemos aspirar a que se volte a falar verdade.
Só com um Chefe de Estado, que una todos no respeito pela nossa História e pela nossa Identidade como povo, poderemos aspirar a travar o caminho da dissolução.
Só com um Chefe de Estado, que permanentemente enalteça as nossas potencialidades e os nossos desígnios de futuro, o poderemos construir.
Só com um Chefe de Estado, livre de compromissos partidários e autónomo dos jogos e lutas político partidárias, poderemos aspirar à mudança e a que os políticos encarem com coragem e determinação a realidade.
Tal como dizia Alexandre Herculano…podem correr agora com o Rei, mas um dia terão de voltar a chama-lo
Tal como dizia Fernando Pessoa …é a Hora..

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O Projecto dos Homens e Mulheres livres.

Sou um homem livre, de pensamento e atitudes, qualidade que não abdico, nem abdicarei.
São as convicções, o amor e a consciência, que dita a minha postura e a minha opinião.
Não há organização ou partido, capaz de me subjugar, de sufocar a minha palavra ou atitude.
É nesta afinidade, com outros homens e mulheres livres, que me revejo na participação social ou nas lutas políticas.
Por ser livre, sou monárquico, pois só um Rei poderá ser assim, livre também.
Porque só um Chefe de Estado livre, me poderá ajudar nesta luta para permanecer livre, como gosto e quero continuar a ser.
É assim na liberdade de cada um e de todos, que me revejo como monárquico.
A liberdade, é o primeiro e o mais importante dos princípios monárquicos.
Liberdade que implica o direito à diferenciação. O seu respeito e a sua defesa intransigente.
Diferenciação de cada um de nós, diferenciação de cada família, de cada local, de cada região, de cada país e de uma Nação.
A diferenciação de um povo, face aos demais, é a condição da sua liberdade…
Da liberdade de cada um dos seus filhos.
A diferenciação de um povo, é uma consequência da sua história.
Como é nítida ainda hoje, esta diferenciação portuguesa, a identidade do seu povo, dos seus costumes, das suas tradições e da sua natureza.
Identidade de um povo é a sua maior riqueza.
Enaltecer a identidade é promover o orgulho de um povo e a recuperação da sua Alma.
Preservar e enaltecer a identidade e salvaguardar a liberdade de cada um, é o mais nobre dos objectivos políticos.
Este é assim o objectivo nobre, essencial e urgente, porque quero e preciso de lutar…
A Monarquia
Não insistam mais em tentar dominar-me ou provocar a minha resignação.
Só serei fiel a Portugal, porque amo o meu país, porque tenho um dever de reconhecimento pelo seu passado e tenho grande orgulho na sua gloriosa História.
Nunca nenhuma organização ou partido, me poderá levar a secundarizar, ou a esquecer esta premissa, porque é uma premissa de reconhecimento, de orgulho próprio e de paixão.
Organizações ou partidos, estão num outro plano da minha afirmação.
Primeiro sou português e homem livre.
Que se juntem os homens e mulheres, nesta afinidade.
Sei que somos muitos e que muitos mais passaremos a ser…
Se juntos afirmarmos na sociedade, esta postura de coerência, sairemos vencedores.
Porque esta nossa afirmação, entusiasmará muitos mais.
O nosso objectivo passará a ser credível e desejado.
Seremos muitos a acreditar.
Surgirá de novo esperança.
Rejeitaremos em uníssono, todos os que nos querem amputar as raízes.
Voltarão a respeitar-nos.
Portugal voltará a ser grande. Porque os portugueses se uniram na sua paixão.
Desígnios esquecidos, voltarão a preencher os nossos sonhos e o arrojo português voltará a fazer história.
Nossos filhos, terão orgulho de nós.
Portugal terá futuro.

José J. Lima Monteiro Andrade