quarta-feira, 25 de maio de 2011

Como vou agir nas eleições de 5 de Junho.

Como agirei no próximo acto eleitoral...
Seguindo concelho de Aristóteles:
"Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil."
Não é possível que nas próximas eleições os portugueses deixem de expressar objectivamente através do seu voto, a sua indignação e zanga, face ao governo que nos encaminhou irresponsavelmente para a ruína…social, política, económica e financeira.
O acto eleitoral de 5 de Junho é assim determinante para o futuro de Portugal.
Uma escolha entre a expressão clara e inequívoca da nossa vontade de mudar ou a submissão perante a dominação, de quem usurpou a nossa benevolência.
Estamos zangados pela humilhação a que fomos sujeitos, pela mentira sistemática com que a propaganda governamental nos tenta manipular, pela incapacidade e irresponsabilidade governativa.
Estamos zangados com a pessoa certa…Sócrates.
Na medida certa… a sua derrota eleitoral.
Na hora certa …as próximas eleições de 5 de Junho.
Pelo motivo certo…a sua incompetência como governante.
Da maneira certa … pela concentração dos nossos votos em quem tem uma natural posição para o derrotar.
É fácil expressar a nossa zanga…em comentários e desabafos.
Não será fácil para muitos de nós, seguir este conselho do sábio….mas o seu sábio conselho é essencial e determinante para a salvação da nossa dignidade e para a preservação de uma porta aberta de esperança no nosso futuro colectivo.
Por Portugal e pelo nosso amor a esta terra e aos nossos descendentes.
Sigamos então este sábio conselho e continuemos a lutar pela nossa liberdade e diferenciação como Nação orgulhosa de seus filhos.
Repetirei esta mensagem até à exaustão…pois amo Portugal e não abdico da minha dignidade como português orgulhoso da sua condição.
José J. Lima Monteiro Andrade

domingo, 15 de maio de 2011

Como pode Passos Coelho ainda ganhar…porque se ele ganhar, Portugal poderá ter futuro.

Convocar eleições num período de resgate nacional por insolvência financeira, foi um enorme disparate político do Presidente da Republica e Conselheiros de Estado e muito provavelmente irá ter consequências dramáticas para o nosso futuro próximo.
Esta minha afirmação foi feita logo na altura e tentei desenvolver alguns argumentos que infelizmente se estão a concretizar.
Sócrates e o PS, foram os principais beneficiários da decisão. Passo Coelho o principal prejudicado.
Uma parte significativa do eleitorado do PCP e BE, acredita que Sócrates irá ser o mais útil lutador, perante as medidas de austeridade e sacrifício, impostas pela Troika.
Sócrates que é capaz de enganar os portugueses, também será capaz de enganar o FMI e a União Europeia…é nisto que apostam muitos eleitores, que pretendem evitar a mudança radical de vida e das funções do Estado na sociedade portuguesa.
Sócrates pelo seu perfil, de ausência de princípios, transforma-se assim na derradeira tábua de salvação dos defensores e beneficiários de um Estado garantia dos rendimentos e regalias sem esforço.
Esta é a mentalidade generalizada numa parte significativa da população, para quem o actual PS, passou a ser a única garantia de preservação.
É claro que estão profundamente enganados…o acordo com a Troika é um compromisso nacional e uma vitória do PS nestas eleições, apenas ocasionará uma instabilidade adicional de natureza política e uma maior desmotivação da sociedade civil para ultrapassar a gravíssima crise económica, política e social, que assume como nunca na nossa história, também o carácter de uma crise de independência e soberania.
A vitória de Sócrates e do seu PS, será um fortíssimo contributo para a condenação de Portugal como país soberano e independente…será o aval popular à instabilidade politica provocada pela incapacidade do actual Presidente da Republica.
O erro do Presidente foi ainda mais reforçado com os apelos ao consenso nacional entre os partidos subscritores do acordo com a Trioka.
Esta lamentável distorção do sentido democrático, originou uma enorme dificuldade adicional ao novo líder do maior partido da oposição. Passo Coelho teve então a indispensável necessidade de se distanciar o mais possível de Sócrates, mas dificilmente o poderia fazer através de propostas, pois elas já estavam estabelecidas, mas sim através de atitudes.
Sócrates, que é o Secretário Geral do PS, domina totalmente o seu partido e o seu partido tem uma forte dominância na comunicação social, que representa uma máquina de propaganda como em momento algum aconteceu e como nunca seria imaginável acontecer num regime democrático.
Passos Coelho não é o Secretário Geral do seu partido.
O Secretário Geral do PSD é assim uma peça dominante para a acção difícil da liderança de um novo presidente sujeito a uma afirmação de natureza pessoal e a uma luta política desigual.
Os erros sucedem-se… o partido é sujeito a uma fortíssima infiltração de lobies e de seitas secretas…o grupo de Boston nas matérias da educação, o movimento da sociedade civil, dos gestores públicos, a invasão maçónica, de que o folhetim Fernando Nobre, assume maior evidencia e controvérsia.
Passos Coelho, fica sujeito e tem necessidade de se afastar de muitas das propostas e atitudes protagonizadas por este dinâmica de assalto ao PSD, que obriga a inúmeras intervenções contraditórias decorrentes das lutas internas.
Passos Coelho ficou fragilizado e deve esse facto ao seu Secretário Geral.
Esta situação de eminente dificuldade do único líder capaz de derrotar, quem nos condenou, veio a originar o deslumbramento de Paulo Portas.
Uma subida eleitoral à custa desta lamentável dificuldade do PSD se assumir unido e respeitador do seu actual líder, originou essa ridícula pretensão de Paulo Portas candidato a Primeiro Ministro.
Mas Portas não teve a frontalidade suficiente para rejeitar liminarmente vir a ser parceiro num Governo com o PS. Com isso deu argumentos a Sócrates e a todo o deslocamento do eleitorado que tem favorecido o PS nas sondagens.
O “Nim” de Paulo Portas e a sua coincidência de posição, de poder não participar num Governo com o PSD, caso Passos Coelho ganhe, também é um forte contributo para toda esta dinâmica de insolvência política e um pronuncio gravíssimo para o nosso futuro colectivo.
Só a vitória de Passo Coelho poderá evitar o descalabro nacional…mas para que isso aconteça, é cada vez mais indispensável e urgente, a sua demarcação do seu próprio Secretário Geral.
Passos Coelho, terá de se assumir como líder indiscutível e incontestado…que o seu partido entenda de uma vez, que não é apenas um instrumento da futura influencia dos lobies e da maçonaria, mas sim o travão dessa influência e o único instrumento politico deste sistema que pode abrir a porta da mudança que se impõe, sem graves convulsões sociais.
José J. Lima Monteiro Andrade

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Da revolução imposta á derrota de Sócrates.

A loucura ideológica, dita de esquerda, está na origem do total descalabro das contas públicas.
Esta loucura, começou com a invasão ideológica socialista pós 25 de Abril, em que ao Estado competiria a manutenção e orientação de toda a sociedade.
O mais grave, não foi as enormes despesas e desperdícios no erário público, mas sim, a nova mentalidade que rapidamente se generalizou entre os portugueses. Ao Estado passou a competir a garantia dos direitos e dos rendimentos, mas pouco exigente nas obrigações, permissivo nos aproveitamentos individuais, de grupos, de partidos políticos e de seitas.
Os portugueses aproveitaram esta mensagem política, obtiveram vantagens, mas acomodaram-se de tal forma que acreditaram poder viver sem esforço. A garantia de rendimentos passou a ser a preocupação dominante de cada família, independentemente do seu contributo para crescimento da economia e da riqueza nacional. Ter emprego, subsídio, o serviço gratuito, manteve ao longo de todos estes anos a ilusão de poderíamos viver eternamente às custas de um Estado, que até tinha conseguido, que uma maioria vivesse substancialmente melhor.
A permissividade originou uma enorme promiscuidade e a corrupção generalizada. Pertencer a esta máquina do Estado, passou a ser o passaporte do rápido enriquecimento e da ambicionada influência perante os demais agentes da sociedade civil, nomeadamente as empresas, comunicação social, até sobre a Justiça.
Os partidos políticos da área governativa, passaram a ser os veículos que transportavam para os privilégios todas as mais diversas ambições.
O PS, passou a ser a principal central de transporte, dos “Zé Ninguém” ao estrelato da influência política. O PSD, o mais escolhido, para premiar a promiscuidade política empresarial, financeira e jurídica.
Passaram estes partidos a ser o suporte de um sistema político, que preservando a influência dominante do Estado, era cada vez mais um Estado tentacular e despesista, neutralizante da sociedade civil, mas servidor de interesses financeiros e estrangeiros.
O sistema político associado aos interesses financeiros e de alguns sectores empresariais, criou a ilusão do crédito ao consumo, que foi a mais grave alienação política, que veio a originar o endividamento generalizado e a consequente dependência partidária da classe média.
Garantiam assim, estes dois partidos dominantes, com o apoio possível e sempre ansioso do CDS, que o sistema político se fosse perpetuando.
Desde os finais do século passado que os indicadores deram sinais aos políticos da exigência de mudança de rumo.
Guterres fugiu, Barroso declarou que estávamos de “tanga” e soube aproveitar a oportunidade de se livrar deste buraco, Santana Lopes apesar de tudo, não era suficientemente louco, para dirigir o descalabro…até que foi encontrado o perfil ideal da irresponsabilidade e do aventureirismo … Sócrates conseguiu esta brilhante proeza, de ao longo de seis anos, enganar a maioria dos portugueses, alimentar a sua ilusão de continuarmos a viver e a acreditar que poderíamos continuar eternamente, a pedir emprestado para pagar uma despesa muito superior ao nosso rendimento colectivo.
Ou seja, conseguiu manter o caminho inevitável da falência colectiva, preservando a loucura ideológica de base e distribuindo de tal forma habilidosa, os privilégios, que conseguiu dominar a oposição, o descontentamento e alicerçar um sistema de propaganda pessoal e partidário, ao nível da mais repressiva ditadura.
A bancarrota era uma premeditação dos sensatos há mais de uma década e os mercados tornaram-na uma realidade.
Sócrates foi derrotado pela realidade…as suas acusações são ridículas.
A Troika (FMI; EU e BE) veio trazer-nos a revolução imposta.
A partir de agora o PCP e Bloco de Esquerda se assumirão cada vez mais, como partidos reaccionários a esta mudança radical, que há muito se impunha.
O PS encarnou a reacção promíscua e interesseira…preservar a mentira ideológica, beneficiando dela.
O PS, vai ter muita dificuldade de voltar a recuperar desta derrota de Sócrates, pois a revolução só agora se vai iniciar e a sua dinâmica não pode nunca ser a do passado, que manifestamente os portugueses irão rejeitar quando libertados desta propaganda dominadora.
A revolução iniciada, que não fomos capazes de fazer e nos foi imposta, não será apenas de natureza financeira, pois a crise que originou a dramática situação das contas públicas é acima de tudo de valores e política.
A revolução prosseguirá o seu ritmo, após o plebiscito de 5 de Junho…onde a nossa única escolha possível é a de penalizar ou sucumbir perante o actual 1º Ministro.
Competirá à sociedade civil, exigir o novo rumo e determinar o futuro político e estratégico de Portugal…este sistema está caduco, viciado, auto-neutralizado e não será capaz de ultrapassar esta mísera condição, de originar meros governos de gestão das imposições externas.
Viver como dependentes e submissos, não é uma condição dos portugueses.
Outras referências terão de surgir…é difícil porque este sistema é autocrático … mas é uma exigência nacional e um desígnio que teremos de cumprir para mantermos a nossa independência, soberania e identidade.
José J. Lima Monteiro Andrade

Povo usurpado

Povo usurpado

O povo está carente
Aparentemente resignado
Apesar de descontente
Espera paciente
Não está ainda revoltado.
Este povo é crente,
Também inocente,
Facilmente enganado.
É um povo generoso,
Que acredita no falacioso,
Na mentira do mentiroso,
Porque é bem formado.
Não reage facilmente,
Menos ainda com violência,
Aparenta condescendência,
Povo sabedor e consciente.
Não teme o sofrimento,
Está habituado à pobreza,
Venceu sempre o mau momento,
Este é o seu pensamento,
Esta a sua firmeza.
Beneficia enquanto é tempo,
Esta a sua esperteza.
Povo com um longo passado,
Sofredor, tantas vezes usurpado,
A sabedoria é a sua riqueza,
Também o seu pecado.

José J. Lima Monteiro Andrade

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sócrates , o herói negociador

O nosso 1º Ministro para além do mais é uma bizarra figura.
Há 15 dias apresentava-se como o herói da resistência da invasão satânica, do temeroso FMI.
Ontem apresentou-se como o herói negociador, que impediu todos os males que os satânicos e sinistros do tenebroso FMI, nos queriam impor.
O sentido propagandístico de Socrates, é a essência da sua consistência política.
A ausência de sentido crítico da população portuguesa, cerceado pela propaganda oficial do sistema, alimentado por uma comunicação social dependente, é o pilar de sustentação de protagonistas políticos deste calibre.
Não sei a que negociação se refere o 1º Ministro, seria interessante conhecer esses pormenores negociais. Sei, que logo apareceu Catroga a reivindicar para o PSD, muitas vitórias negociais.
Desconfio que a verdadeira negociação foi interna entre as instituições que compõem a troika.
Estou ansioso pelo esclarecimento cabal desta situação.
Os partidos dominantes, ainda nos querem fazer crer, que têm alguma influência sobre os destinos de Portugal no curto prazo, depois de nos terem colocado numa situação de banca rota, pela sua inconsciência, irresponsabilidade e ansiedade de usufruto de benesses e privilégios.
Os partidos dominantes mantêm uma atitude de sobranceria perante o povo português, usando e abusando do seu bom, interpretando maliciosamente este sentimento colectivo como uma submissão ou mais grave ainda como uma incapacidade de compreensão, acreditando que o podem continuar a manipular, como o exclusivo intuito da preservação dos seus poderes.
Eles são os donos de Portugal e os portugueses os seus submissos apoiantes…é nesta premissa, que desvirtuou o sentido da democracia, que se sustenta todo este sistema político, que criou uma sociedade de ilusão, medíocre, sem capacidade reivindicativa, dependente, injusta e insolvente.
Mas estes novos donos de Portugal, que nos asfixiam e manipulam, estão eles próprios, totalmente sujeitos a dominâncias de lobies e de interesses, precisamente porque a sua motivação para a coisa pública não é um serviço de paixão pelo país, mas simplesmente os seus próprios sonhos de protagonismo pessoal e os seus interesses mesquinhos.
Por isso desconfio que esta negociação, resultou de um equilíbrio entre interesses financeiros e políticos, em que se exigiu a nossa subordinação total e se porventura deste acordo resultar alguns benefícios para Portugal, eles não decorrem da visão politica dos nossos partidos, mas sim, da sua incapacidade.
Aquilo que se propagandeou como “ajuda externa”, terá assim este significado perverso de ajudar a manter estes partidos incapazes, irresponsáveis e dependentes, como base da sustentação de um sistema político que criou esta lamentável dependência aos interesses alheios e esta sociedade de subsistência das injustiças e cada vez mais impossibilitada de assumir o seu direito de auto-governar.
Exigir e escolher em liberdade foi um sonho …. a democracia portuguesa está apenas restringida a uma cada vez mais ténue possibilidade de sancionar periodicamente as decisões que nos são impostas do exterior.
Por incapacidade nossa (dos políticos que mantivemos), por dependência ideológica colectiva a soluções do passado que estão caducas e formas de organização política e administrativa desadequadas.
Paralisados como sociedade, pela dependência a estas forças políticas, desenraizados dos nossos valores de diferenciação, ficamos cativos e perdemos a nossa dinâmica e criatividade colectiva.
Incrédulos, porque não vislumbramos alternativas a um sistema político, do qual maioritariamente desconfiamos e nele não nos revemos.
As referências políticas actuais, são passado…a motivação colectiva deste magnífico povo, só poderá acontecer com novas referencias, credíveis e apaixonadas.
José J. Lima Monteiro Andrade