domingo, 30 de janeiro de 2011

Profeta louco? ou a voz da razão.

No Ilhéu das Rolas, onde o Meridiano se cruza com o Equador, há um padrão com a Cruz de Cristo.
Foi aí que encontrei este Homem.
Estava-mos sós os dois, reparei que não era negro, nem branco, sequer mestiço, era tudo isso.
Olhou para mim e disse…tu português repara bem nesse Padrão.
Foram os portugueses que o colocaram aqui no centro do Globo…padrão que foi português, que de momento não o é, mas que ninguém ousa retirar.
Tu português, terás de entender isso…ninguém nunca terá coragem de apagar, a marca do desígnio português no mundo.
Portugal não acabou, nem acabará, porque há destinos a cumprir, nobres funções a desempenhar.
Olha o mar, repara bem nele e vê aí a reserva da humanidade. Está aí o alimento, a energia, a matéria prima, as moléculas que curarão as mais diversas doenças.
Tu português, tens tudo na mão. Ninguém como tu, sabe compreender o mar.
Tu e todos aqueles que têm a mesma raiz, uma imensidade de povos e de Nações.
Liberta-te português, dessa tentação Continental, onde poderás encontrar a amizade, algum equilíbrio, mas nunca a solidariedade e a afinidade, que te preservará a tua identidade.
Liberta-te da ilusão, da vivência sem esforço, porque não é essa a tua vocação, nem tão pouco o teu carácter.
Rompe com os espartilhos da acomodação, com a mentira dos dominadores e volta a caminhar pelos teus meios.
Portugal, não é a porta de saída da Europa, mas a porta de entrada da raiz lusitana.
Volta a aproximar todos os que te conheceram e reconheceram, ao ponto de adoptarem a tua língua, enaltece o passado comum, para de mãos dadas encontrarem de novo a esperança e a voltarem a transmitir a todos os demais povos.
A tua submissão, português, será a submissão de muitos mais, a uma nova escravidão.
Tu que foste o primeiro a acabar com ela, terás também de ser o primeiro na luta que se irá travar contra forças poderosas, que de novo a querem impor.
Só a tua sabedoria, o teu sentimento de solidariedade, a tua crença no Homem, poderá ser contraponto, a novas desgraças que os dominadores, na sua acção louca irão provocar.
Desconfia da solidariedade de outros povos, que te oferecem recursos a troco de cedências e ilusões, com os quais não tens laços de afinidade e que te dominarão, na sua presunção de superioridade.
Acredita nos teus irmãos e leva-os a acreditar em ti.
Tu português tens de voltar a afirmar-te …teus filhos te honrarão e muitos outros filhos, te agradecerão.
Desci do morro do Padrão amedrontado.
Palavras que faziam sentido, profecias loucas? … acontece que nunca mais as esqueci e cada vez mais, as reconheço como verdade.
José J. Lima Monteiro Andrade

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ausência de princípios e ausência de vergonha…assim se expressou o regime.

As eleições presidenciais vieram ditar que a Abstenção foi superior a 53% do eleitorado.
Apenas cerca de 40% dos eleitores, votaram expressamente nos candidatos à Presidência da República. Uma minoria do eleitorado, que ainda acredita ou se resigna ao actual regime.
Inverteu-se totalmente o sentido da democracia…foi uma minoria que impõe um Presidente, a uma maioria, que não foi motivada para essa eleição.
A democracia foi rejeitada, porque a actual Constituição aceita como válida uma eleição nestas circunstâncias, ou seja, aceitará também uma eleição com muito menores níveis de participação…aceita toda e qualquer ditadura.
O perdedor, clama em tom esfusiante a vitória. Ele obteve 23% dos votos e considera-se com suficiente legitimidade para o exercício do seu cargo, como mais alto signatário da Nação.
Espantosa derrota, que é vitoriada…um registo fúnebre, que foi entendido como sinal de debilidade e que logo ocasionou, os que entenderam esta incrível fraqueza, a produzir a desculpa inverosímil.
Anuncia-se num Jornal diário, que o número de abstencionistas forçados é da ordem de 1.250.000 eleitores. Ou seja representa cerca de 7% do eleitorado.
A todos estes, de acordo com o que se diz e não foi desmentido oficialmente, foi negado o direito de votar.
Não se repetem as eleições, porque se considera, que esse número de direitos sonegados, não iria afectar a eleição do vencedor.
É incrível mas é verdade.
Nega-se o resultado oficial, nega-se o desprezo pela maioria dos portugueses, por conveniência de propaganda e simultaneamente valida-se a negação de direitos, a muitos outros.
Dois delitos numa só eleição…a negação da democracia, a negação de direitos individuais.
Regime sem princípios e sem vergonha.
Mas um regime é feito por homens e quem aceita ser eleito nestas circunstâncias não merece outra consideração, que aquela que o regime deu de si próprio.
José J. Lima Monteiro Andrade

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Os renegados da ditadura

A decadência da nossa sociedade, expressa-se através do desprezo pelos princípios e pelos valores naturais, que constituem a essência do equilíbrio social e político.
A ditadura do relativismo está aí em força a dominar as mentes dos portugueses.
Os princípios e os valores, são substituídos por regras (leis), que minorias impõem, à maioria do povo português. Essas regras (leis), que são assim impostas, são o resultado da mentalidade dominadora dos detentores do poder político nacional.
Uma mentalidade que não respeita e despreza, o sentimento e a vontade, da maioria dos portugueses e os seus valores essenciais, que despreza o equilíbrio da sociedade portuguesa.
Vivemos numa Ditadura.
Uma Constituição da Republica, que aceita ser legítimo um Chefe de Estado, eleito por sufrágio directo e universal, reduzido a apenas 40%, do eleitorado português, só pode ser considerada de anti-democrática.
Se aceita como legitimo uma eleição com uma participação desta natureza, também aceitará como legitima uma eleição com participações muito menores e renega o princípio essencial e insubstituível da legitimidade democrática…a sujeição das minorias á vontade expressa da maioria.
Esta Constituição aceita como legitima, toda e qualquer ditadura.
O novo argumento revela bem o sistema e a mentalidade anti-democrática dos senhores do regime e dos seus arautos.
Quem não votou, não cumpriu um direito e um dever, por isso é desprezado.
Ou seja, quem não votou, que exerceu um direito reconhecido pela Lei, é agora desprezado na sua vontade, na sua indignação, na sua opção, na sua incredibilidade, na sua revolta, no seu descontentamento….sendo desta forma considerado um renegado.
Renegados que são a maioria, a quem se pretende retirar a expressão da sua atitude e reduzir ao silêncio, ou pior ainda, obrigar a serem acomodados apela negação do seu direito.
Esta ditadura, não tem sequer o pudor de se afirmar como tal, usando e abusando através do incrível amordaçamento da expressão de vontades e da proscrição dos princípios, que não tem vergonha de continuar a afirmar.
Os interesses particulares, dominaram os partidos políticos, perverteram a democracia, destroem os alicerces da sociedade portuguesa, referenciaram uma mentalidade de dominantes e dominadores, destruíram a liberdade.
Os resistentes são hoje acusados e desprezados…são renegados, porque não estão conformados, nem submissos.
A estes renegados do regime, impõem-se uma palavra de respeito e estímulo.
Eles são a maioria dos portugueses, é neles, que estará a força da resistência contra a ditadura do relativismo e contra a ditadura em que deixou reduzir o actual regime político.
Será nestes renegados, que poderá estar a esperança de salvar Portugal e de salvaguardar a liberdade dos portugueses.
Por isso, que os renegados não se ofendam com a acusação, mas reajam com firmeza e determinação ao desprezo a que os querem ostracizar.
Portugal precisa deles, da sua determinação, dependerá a salvaguarda de dos princípios e valores essenciais, para evitar a decadência de um nobre povo e a liberdade, soberania e independência da mais nobre Nação do Mundo.
José J. Lima Monteiro Andrade

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O pior dos cegos é aquele que não quer ver.

O pior dos cegos é o que não quer ver.
Esta frase da sabedoria popular, aplica-se na íntegra aos analistas da comunicação social e também ao discurso do candidato eleito e dos partidos políticos.
Um resultado eleitoral que obtém apenas 23% dos votos do eleitorado, é assinalada como uma grande vitória.
Um Presidente que é eleito numas eleições com 53% de Abstenções e afirma que acredita nos portugueses.
Estranha fé de um Presidente, pois ficou inequívoco que o povo não acredita, nem confia nele.
Estranho regime este, que despreza a postura de quase cinco milhões de portugueses e ainda por cima se dá ao luxo de os acusar, por não confiarem e não acreditarem nele.
Estranho regime que apenas reconhece menos de metade do eleitorado e só nessa minoria reconhece como sendo portugueses, com direito a escolher.
Um regime que rejeita a maioria dos portugueses, porque não lhe convém entender as razões pelas quais essa maioria, decidiu não votar. Para este regime esses quase cinco milhões de portugueses são renegados, incapacitados e alheados… que concepção mais absurda que estes políticos têm, sobre os direitos e a liberdade de atitude política.
É este total desrespeito pelo que na verdade sentem e exprimem os portugueses, a principal razão do descontentamento, indignação e revolta, que os resultados eleitorais indiscutivelmente demonstram. Os manipuladores da opinião pública esforçam-se ao serviço de uma mentira que se apossou e domina este regime.
É como que um desesperado silenciamento de uma atitude normal e previsível, mas que não querem ver, nem aceitar.
Tudo isto é muito preocupante.
Ficou demonstrado que a actual Constituição não é democrática e a democracia não se sobrepõe aos interesses partidários, nem dos dominadores e acomodados, que estavam sentados na Comissão de Honra do Presidente eleito.
Foi mostrado um cartão vermelho ao regime, que nem sequer quer ver nele, o amarelo…uma sobranceria apenas explicável por mentalidades dominadoras e que não têm qualquer respeito pelo povo.
Podiam ao menos ter a consciência do entendimento, preferem desprezar…a pergunta que se coloca é…como e com que meios?
Um regime dominado por corruptos e manipuladores…a sua condenação já foi proclamada.
A sua resistência será seu maior erro…pois a sua incapacidade só trará ainda mais descontentamento, indignação e revolta.
O povo português iniciou um caminho de mudança irreversível, marcou um momento de viragem evidente, que só os cegos, acomodados e comprometidos, teimam em não querer ver…pior, teimam em manipular um povo, que desprezam, porque não lhes convém ver.
José J. Lima Monteiro Andrade

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A inimiga Abstenção e a manipulação dos arautos do regime

O medo da Abstenção, induz á manipulação através da Mentira
Marcelo Rebelo de Sousa, está muito preocupado com a Abstenção e faz apelos ao Voto útil em Cavaco Silva.
Ele assume esse seu estatuto, de grande fazedor de opinião, do actual regime.
Marcelo, classifica a Abstenção de atitude dos incapacitados e desinteressados …
Marcelo é inteligente e sabe perfeitamente, que está a tentar manipular pela mentira.
Nega um direito de oposição ao regime, porque está amedrontado com o descontentamento popular e a sua natural consequência, a Abstenção.
Ele afirma que um Presidente será sempre eleito. Verdade, só que se for eleito, com uma expressão de votos entrados nas urnas inferior a 50%, será um Presidente ilegítimo democraticamente.
Este é o factor político determinante destas eleições. Finalmente os portugueses terão a oportunidade de colocar o regime em questão.
Faz um apelo ao voto útil em Cavaco.
Tenta responder, à postura de outro republicano, Vasco Pulido Valente que afirmou uma verdade, que não é politicamente correcta para o regime. Ele disse esta verdade simples…” tem sido o voto útil que nos conduziu à desgraça da actual politica.
Tenta responder também, ao Padre Portocarrero de Almada, que salienta que foi o voto útil que levou Hitler ao poder e que não pode ser uma forma de abdicação de princípios essenciais cristãos, apelando para a atitude de consciência, que pode passar pelo Não Votar.
Tenta responder, a muitos portugueses que com memória, não esquecem que a panaceia politica de que “o voto é um dever e uma obrigação”, foi lançada em Portugal por Salazar, quando em 1933, lançou o plebiscito Constitucional.
Marcelo tenta responder, mas pela mentira, que sabe estar a lançar como tentativa de desesperada de manipulação pública.
Um Presidente será sempre eleito. É verdade, mas ficará em cima da mesa a discussão politica nacional, sobre a legitimidade democrática dessa eleição e sobre a democraticidade da Constituição da República.
É neste domínio, que está o medo de Marcelo e de todos os defensores do actual regime.
Marcelo é um dos arautos do regime actual, desta Republica que se deixou asfixiar por uma dominância partidária, sujeita totalmente aos interesses pessoais e financeiros.
Marcelo é o arauto de todos eles.
Eles têm medo desta discussão pública e sobretudo das suas consequências. Medo da Mudança.
Eles rejeitam, não querem e usam todos os meios, para evitar que surja uma oposição forte e consistente ao regime.
Para eles apenas é admissível, uma oposição ao sistema de governo e nunca ao seu regime sacro santo e consubstanciado numa Constituição, que a abstenção nas próximas eleições presidenciais, irá demonstrar não ser democrática e estar profundamente desadaptada às exigências nacionais e aos anseios naturais dos portugueses.
Não estranho a posição de Marcelo Rebelo de Sousa e acho-a até perfeitamente coerente.
Não entendo porém, aqueles que pela palavra se dizem defensores de outras formas constitucionais de regime, se sujeitam e subjugam, a teses que apenas pretendem neutralizar esse objectivo.
A coerência é a única via para a credibilidade.
Reconheço-a em Marcelo a sua coerência republicana, não lhe admitindo o uso da mentira, para neutralizar a oposição ao regime, porque isso não é uma atitude democrática.
Reconheço todos os apelos ao voto, mas exijo que reconheçam também o meu direito de não votar, porque a minha consciência e o meu sentimento por Portugal, assim me dita a atitude.
Que o Voto ou Não Voto seja consciente, seja um acto de liberdade e não obrigue ninguém a violentar-se nos seus princípios essenciais e nas suas convicções profundas, através de manipulações ou de propagandas consubstanciadas na mentira.
José J. Lima Monteiro Andrade

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O resgate do meu país e o drama de meu primo.

Meu primo herdou uma boa casa e umas propriedades.
Nós herdamos um país.
Meu primo tem um bom emprego e recebe um bom ordenado. Casou e tem dois filhos. Sua mulher é um pouco extravagante, gosta de vestir bem, é consumista convicta, de comer em bons restaurantes, de viajar instalada em bons hotéis.
Meu país também não é pobre, da classe média como o meu primo.
A mulher de meu primo como boa mãe não trabalha e exige como tal que os seus filhos estudem em colégios privados.
No meu país também há metade da população que não trabalha, vivem de reformas ou de subsídios.
Ao meu primo, ofereceram-lhe três cartões de crédito dourados, uma simpatia de três bancos. Foi a crédito que meu primo comprou uma casa no Algarve e um segundo automóvel para sua mulher levar os filhos ao colégio e fazer compras nos centros comerciais.
Meu país também tem muitas pessoas extravagantes que ocupam cargos no Governo, no Parlamento e na Administração pública. Gostam também muito de viajar em automóveis topo de gama, ou em 1ª classe do avião, de comer em bons restaurantes e também são consumistas convictos, enquanto servidores públicos.
A mulher de meu primo também é uma serva do convívio e da aparência social, tal como os servidores públicos do meu país. O meu primo entregou-lhe um cartão de crédito que ela faz questão de utilizar em demonstração da sua inserção social como demonstração para os demais do seu estatuto de privilegiada. Também seguem a mesmíssima bitola, sobretudo no estrangeiro onde vão muito, os nossos servidores. Também os servidores têm cartão de crédito ilimitado, para esta sua obrigação social.
Já há muitos anos que o meu primo hipotecou a casa herdada e as propriedades, pois o seu bom ordenado não chegava para as despesas familiares e para os encargos com os bancos, que a sua mulher continuadamente ia favorecendo. O crédito que ainda ia obtendo, era para amortização e juros do crédito anterior, que tinha feito.
O meu país seguia o mesmo rumo. As despesas públicas eram sempre superiores às receitas fiscais e estas, mesmo continuadamente a aumentar, nunca chegavam para a despesa com os que não trabalhavam. O recurso ao crédito externo, também já era em boa parte para pagar os encargos dos créditos obtidos, como não chegavam, pedia-se cada vez mais crédito.
O meu primo começou a ter dificuldades em cumprir as suas obrigações bancárias, mas nunca teve coragem de o dizer à sua amada mulher e muito menos retirar os filhos do ensino privado para o publico ou sequer, diminuir a frequência de viagens e de estadias.
O meu país também não. Que importância tem gastar mais do que se produz? Quem vier a seguir que resolva e há sempre este imediato recurso de aumentar a carga fiscal.
Meu primo não tinha esse recurso, pois os ordenados foram congelados e a empresa onde trabalha, estava a fazer um grande esforço de contenção de custos, para manter a sua viabilidade.
Meu primo renegociou a suas dívidas com a entrega das propriedades. Manteve a casa herdada, a casa da praia e os dois automóveis, pensando que assim talvez conseguisse aguentar esses encargos. Mas a vida da família continuava na mesma e nunca meu primo teve coragem, para pedir contenção de despesas a sua mulher.
O aumento das despesas do meu país, continuavam também elas, em bom ritmo. Nunca os servidores públicos foram confrontados com qualquer preocupação de contenção de despesas e privilégios…era só o que faltava.
Foi por essas alturas que meu primo começou a ter dificuldades em dormir. As dificuldades de cumprimento com os bancos não se tinham atenuado e não queria ponderar a venda da casa de férias, pois tal ousadia, daria origem a uma tremenda discussão com sua mulher.
Pelo contrário, os governantes do meu país, temendo que o povo acordasse do sonho da ilusão, pediam cada vez mais crédito externo e mantinham os privilégios e mordomias, pois elas, não só eram para si próprios, convenientes, como também contribuíam para manter a aparência do sonho.
Tudo foi progredindo assim…os filhos do meu marido na inconsciência, a mulher do meu marido no seu deslumbramento diário e os servidores públicos bem alimentados, para seu prazer e sossego do povo.
Até que surgiram os incumprimentos. Meu primo ficou sem a casa do Algarve e uma ameaça seria sobre a penhora da casa herdada. Começaram também a surgir notícias de uma coisa chamada resgate, para o meu país.
A empresa de meu primo, foi à falência e meu primo ficou desesperado, foi só então, que sua mulher tomou conhecimento das dificuldades.
As notícias de resgate também alarmaram o povo inconsciente. Será possível que um país vá à falência? Começaram a interrogar-se.
A mulher de meu marido separou-se dele, pois a sua atitude para com ela tinha sido inaceitável. É que eles eram casados em comunhão de bens.
O povo separou-se do governo, quando entendeu, que a divida insustentável, era sua.
A casa herdada de meu primo, foi vendida em hasta pública.
O meu país também tinha já sido vendido.
Meu primo acabou por dar um tiro na cabeça e sua mulher encontrou um novo marido.
No meu país houve uma revolução e os servidores públicos foram para bem longe viver comodamente dos seus (?) recursos.

José J. Lima Monteiro Andrade

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Carta de um Libertado aos Libertados

(Libertados assim se reconhecem os membros da Nova Cruzada)

Carta de um Libertado aos Libertados
Ao libertar-me das amarras, ao livre pensamento e atitude, recuperei o privilégio de ser humano.
Libertei-me de todas as ideologias limitadoras e logo beneficiei de muita nova informação.
Libertei-me de ansiar pelas lutas de poder e abri o meu coração a muitas outras preocupações.
Entrou em mim a luz de muita sabedoria, porque encontrei afinidades que desconhecia.
Poder agir sintonizado com o meu pensamento e com o meu sentimento, é a maior das minhas virtudes.
Senti o reforço da auto-estima, quando fui reconhecido pelos demais, como Libertado.
Sinto hoje como desígnio, ajudar todos, a Libertarem-se.
Encontrei um estímulo, que poderá ser o sentido do meu contributo para a felicidade de toda uma sociedade.
Tenho uma raiz sólida e profunda, num território e numa identidade, que é a mais nobre Nação do Mundo.
Tenho orgulho no que sou, na minha origem, no meu passado glorioso. Sou português e Libertado.
Não quero impor, não quero deferências, protagonismos ou privilégios, quero partilhar a minha libertação e quero voltar a sentir o sentido da minha raiz, da minha identidade, que se consolidou em Nação.
A generosidade não é um princípio, mas uma imposição do meu privilégio de libertado e de ser que ama e respeita todos os seres humanos. A generosidade, que me faz dar sem esperar compensação, é a garantia de preservação da minha liberdade.
Quero divulgar e partilhar o meu sentido de equilíbrio humano, porque sinto e acredito que ele será a essência, do equilíbrio de toda a sociedade e do renascimento do sentido de Portugal.
O equilíbrio entre a espiritualidade essencial ao ser humano e a sua ansiedade material.
Nascem as Nações por um desígnio, morrem as Nações que o perdem, porque perdem a identidade.
“ Somos Livres e Livre é o nosso Rei”
Assim nasceu Portugal e honra ao nosso Fundador, que nos incutiu o desígnio.
Esta a nossa diferenciação… um povo livre, diferente e com um desígnio.
Por sermos assim, hoje somos uma das essências da esperança do mundo, mas também um dos mais temíveis inimigos dos novos dominadores.
A nossa diferenciação, consolidada ao longo de uma história gloriosa e expressa através de uma cultura e carácter humano singular, é um dos grandes patrimónios da humanidade, que está ameaçada por uma estratégia global de escravatura.
Defender a preservação da nossa liberdade e diferenciação, é assim a condição para que o desígnio português seja cumprido.
D. Dinis salvou o espírito…D. Sebastião preservou o mito.
A condição de Libertado, transforma-se na génese da questão.
De Portugal e do Mundo.
Sem desígnio, tivemos séculos de ilusões menores, que nos definharam o espírito e nos enfraqueceram na identidade. Ainda não nos dissolveram.
É urgente recuperar e salvar.
Libertar de novo os portugueses é o novo desígnio, que é humano, mas é também humanitário.
É este o desígnio dos Libertados.
Só livres, conseguiremos impor a nossa exigência de que governar é servir e o sentido da governação é o respeito pela nossa liberdade e o cumprimento do nosso desígnio.
José J. Lima Monteiro Andrade

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Os cinzentos candidatos à Presidencia da Oligarquia.

No próximo dia 23 de Janeiro vai ter lugar, a eleição para Presidente da República, ou melhor para Presidente da Oligarquia, que se apossou da Republica.
O voto é um dever, essa é a mensagem que domina os incautos.
Ou seja, temos todos, o dever de integrar, preservar a Republica Oligárquica…ninguém tem o direito de ser oposição… esses que andam por aí a apelar à abstenção são os “desinteressados e alheados”.
Quem não está alienado, é rotulado de desinteressado.
Interessante rotulagem, que peca apenas por não ter qualquer lógica…porque razão os desinteressados se dariam ao trabalho de fazer apelos e campanhas a favor da abstenção?
O problema dos “maçons” é que se julgam iluminados…basta um rótulo e logo a mensagem discordante é neutralizada…para eles o povo não pensa, nem pode pensar.
É preciso preservar o regime…por isso, rótulos com força em todas as mensagens que o possam por em causa.
São vivas ao cinzentismo intelectual da actual classe política e mordaças a um povo desrespeitado.
Não merecemos este destino, é a nossa liberdade que está limitada, é Portugal que está a ser ofendido, são os portugueses que estão a ser condenados.
O cinzentismo maçónico, nunca esteve tão visível, como numa apreciação dos candidatos às próximas eleições presidenciais.
Homens cinzentos, incapazes de suscitar qualquer entusiasmo, mesmo entre os seus apoiantes.
São simples instrumentos humanos, de um objectivo comum a todos, a tentativa de preservação da fraude a que se reduziu a Republica Oligárquica.
A este cinzentismo, nem sequer escapa candidato do PCP, porventura por uma questão razoável, que é o facto dos militantes comunistas também já estarem fartos da mentira, de terem de participar disciplinadamente num regime que nada tem a ver com a sua ideologia.
Mas tudo escurece quando vemos e escutamos Fernando Nobre….o homem quer ser arbitro imparcial de um jogo que não conhece e que diz nele não se rever, sem dizer qual o jogo que quer jogar. Uma sobranceria amolecida por uma linguagem bacoca, de uma pessoa a quem lhe subiu à cabeça a doutrina monárquica, ao ponto de querer assumir em Republica a função de um Rei…querer ser reconhecido como tal, é de tal forma bizarro e desrespeitador de um povo nobre, que redescobrimos nele o ridículo. Pena, porque o tinha em consideração de boa pessoa e pessoa de obra.
A disputa desta eleição caseira, pois é apenas da Republica Oligárquica e não para Presidente de Portugal, vai centrar-se nas figuras mais dependentes e mais conhecidas….assim são as regras da Oligarquia dos partidos dominantes e dominadores.
Manuel Alegre, que abandonou a sua condição e o seu discurso de homem livre (?), para passar a dependente da ideologia do poder estatal, que nos fez chegar a esta lamentável situação de país insolvente, está, de tal forma emparedado entre as duas tendências de assalto ao poder, que não é capaz de dizer coisa com coisa e avança para o ataque pessoal, onde tem muitos telhados de vidro, que facilmente serão partidos. O país que nunca contou para Alegre, agora foi completamente banido, no pensamento deste candidato, consciente da sua incapacidade de motivar os simpatizantes do PS, que diz que o apoia, numa magistral mentira pública.
Cavaco é o símbolo de todo o cinzentismo republicano e oligárquico. É revelador no silêncio e desastroso no discurso. Diz que acredita em Portugal, mas é o primeiro responsável pelo desastre nacional. Diz hoje mesmo, que não se devem levantar obstáculos ao actual governo. Ele salvaguarda os votos do PS e do PSD, pois acena com a sua simpatia partidária.
Ele, é o instrumento do poder dos dois partidos centrais, será eleito porque é o garante do seu domínio e da sua dominância. Diz que acredita no mar como oportunidade nacional, mas foi ele que entregou a soberania sobre os recursos marinhos nacionais à União Eurpeia. Diz que é essencial a conquista de mercados externos, mas foi o carrasco das empresas nacionais e a agricultura, privilegiando a economia das obras públicas. Sem projecto, sem cultura, sem emoção, é o cinzento da conveniência para a manutenção da Oligarquia.
Ganhará e com a sua vitória, vai acentuar a sua vocação de carrasco.
Libertemos os portugueses…Não votar nestas eleições caseiras deste regime, é um direito e uma oportunidade.
Preservar é votar….abrir o caminho da mudança é Não Votar.
Basta de condescendência por quem não respeita Portugal e os portugueses.

José J. Lima Monteiro Andrade

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Parábula do Escravo

Naquele tempo em que a mensagem Cristã, motivava a libertação da escravatura, houve um Dono de escravos que foi político.
Ele reuniu seus escravos e declarou:
Vocês revoltam-se contra a prepotência do vosso capataz. Vou-vos oferecer a liberdade. Serão vocês que passarão e escolher e a “votar” naquele que será o vosso Capataz.
Os escravos escolherem o melhor de entre eles e nele votaram livremente e de forma secreta.
Votaram na sua escravidão.
Nunca tinha havido Capataz mais severo. O Dono dos escravos oferecera-lhe a liberdade e benesses, em troca do exercício severo da sua função.
Democracia não é ter a capacidade de Votar, mas a liberdade de agir, de pensar, de escolher ( Votar; Não Votar e Propor) e de responsabilizar.

José J. Lima Monteiro Andrade.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Liberdade perdida…a luta pela restauração da Liberdade.

Dizia Agostinho da Silva, o maior pensador português do século XX… “A liberdade só existe quando todos os nossos actos concordam com todo o nosso pensamento".
O pensamento depende da nossa capacidade de informação livre.
A nossa liberdade, o nosso mais precioso bem, está assim dependente da existência de uma livre informação e da nossa capacidade de agir de acordo com o que pensamos.
Se temos hoje nas sociedades modernas sérias dificuldades de agir de acordo com o nosso pensamento…pois em maior ou menor grau todos estamos cada vez mais dependentes…temos uma verdadeira oportunidade de ter acesso livre á informação…o benefício da Internet e também das Redes Sociais.
Portugal é um triste exemplo de limitação da liberdade de acesso à informação.
Portugal é um triste exemplo de generalização das dependências individuais, como forma de inibir a liberdade de acção e atitude de acordo com o livre pensamento.
De uma censura oficial, que nos controlava os horizontes do pensamento, passamos a um controlo da informação através da dependência formal ou financeira, da esmagadora maioria dos órgãos de comunicação social.
Estamos dependentes pelo dirigismo da informação disponível, como estamos dependentes na acção, pelas diversas e inúmeras dependências, a que uma fobia legal, pós revolucionária, nos condenou.
O conceito democrático ficou assim quase que exclusivamente limitado a uma possibilidade de votar nas escolhas de representantes, escolhidos por grupos de interesses, a que chamam partidos políticos.
A Internet e as Redes Sociais, são assim única hipótese de obtenção de informação livre e a única excepção de podermos assumir atitudes de liberdade de pensamento. Estas são a única oportunidade de fuga à manipulação política, que é o verdadeiro pilar deste regime e deste sistema, a que infelizmente se reduziu a ilusão criada em Abril de 1974.
Alguns de nós têm sentido, mesmo nestes espaços de liberdade, algumas tentativas de limitação da expressão e de controle da informação. Mas a força da Internet, é a sua enorme capacidade para nos dar esta sensação de liberdade e por esse facto, será muito difícil que os governos venham a conseguir pelos processos tradicionais de nacionalização, eliminar esta oportunidade de exercício da liberdade individual.
Mas tal como na comunicação social, em que não foi necessário a nacionalização, porque já não são os governos que governam, muito mais as Instituições financeiras internacionais. Por isso, também está chegar a hora, da tentação de eliminação das Redes Sociais e dos Motores de Busca da Internet, através do seu controlo financeiro ou através da sua falência.
Alguns governos, com ideologias estatizantes já iniciaram esse processo de controlo individual à Internet…a China é o exemplo mais conhecido, mas muitos mais existem.
Nos países com democracias representativas a questão será de controlo empresarial das empresas virtuais.
A ideologia consumista que domina estas Nações, também elas já com uma ténue soberania, imporá para preservar a globalização dos mercados, a subjugação universal pela limitação da liberdade de informação, do conhecimento, dos contactos e da sabedoria.
Este consumismo dirigido pelas Instituições financeiras internacionais, dominadas por povos ou Nações que se julgam superiores, tem como objectivo universal a manipulação integral do ser humano.
As ideologias materialistas são passado, hoje a questão da Liberdade do ser humano tem de voltar a ser a essência das novas ideologias políticas…o Humanismo enriquecido pelo Espiritualismo e Valores naturais.
A política entendida apenas como acesso ao poder da governação, terá de ser banida da consciência nacional…política terá de passar a ser entendida como a busca permanente da harmonia da vivencia colectiva e da capacidade de realização na felicidade, de cada um de nós.
Hoje votamos em representantes que defendem o poder das Instituições financeiras dominantes e dominadoras…a mudança será, a luta pela eleição de representantes credíveis e responsabilizados que se oponham a esses dominadores.
Teremos de tomar a consciência colectiva da escravidão que nos exigem e ter a capacidade de criar as dinâmicas politicas que voltem a restaurar o sentido da liberdade…liberdade de cada um, liberdade de cada Nação e respeito pela verdade e pela diferenciação.
José J. Lima Monteiro Andrade