segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Hipocrisa e racismo político, nas posições sobre a Moção de Censura.

O racismo político do PSD e CDS, é mais um disfarce da burla democrática nacional.

O Bloco de Esquerda anunciou uma Moção de Censura ao actual governo. Está no seu direito e explicitou as suas razões.
O PCP, já anunciou que votará favoravelmente, apresentando certamente outras razões.
O PSD e o CDS, anunciam que se irão abster e com tal atitude, irão preservar o governo.
As razões apresentadas por estes dois partidos, para uma tal atitude de abstenção, constituem um lamentável logro político, denunciador que os seus interesses estratégicos de tomada do poder, estão acima das suas convicções sobre a incapacidade governativa, de todo o seu discurso de oposição e de que colocam esses interesses como prioridade.
Os argumentos para tal atitude são falaciosos e lamentáveis.
Não concordam com os argumentos do Bloco…pois que apresentem os seus.
Não gostam que a iniciativa tenha sido de uma cor diferente…racismo político, que não justifica nada, a não ser uma mentalidade inaceitável, que tenta esconder o seu oportunismo.
Não é ainda oportuna a queda do governo…este é o argumento da sua fraqueza de convicções patrióticas, da sua fraqueza como alternativa e da sua falta de convicção democrática.
Não é oportuna a queda de um governo que se acusa de irresponsável e incapaz?
Não é oportuna a queda do governo, porque precisamos de ainda promover mais o seu desgaste? O que quer dizer este argumento, senão de acordo com as suas próprias opiniões, deixar arrastar ainda mais para o fundo o país?
Não é oportuna porque ainda está a ser preparado um programa de governo a alternativo… mas este é um incrível argumento, pois o mínimo que se exige a um partido político de oposição responsável, é que tenha permanentemente actualizado, um programa de governo próprio.
Outro argumento ainda, a difícil situação financeira do país e a ameaça de intervenção do FMI… então não têm sido estes mesmos partidos a responsabilizar a debilidade política de um governo minoritário, como razão determinante para a falta de confiança dos mercados? Havendo um Orçamento aprovado, em que medida poderia ser prejudicada a gestão pública, com um acto eleitoral?
Será que estes partidos têm medo da opinião dos portugueses?
Há ou não há, razões de sobra, para pedir de imediato a opinião dos portugueses?
Este sinal de absoluta hipocrisia política dado pelo PSD e CDS, vêm agravar em muito a esperança nacional, para através deste sistema podermos vislumbrar alternativas das mudanças exigíveis.
Mais um lamentável contributo, para a descrença nacional, neste regime e neste sistema político.
A sua abstenção na moção de censura só tem uma interpretação possível…apoio ao governo que dizem ser incapaz e incompetente. A sua abstenção é um voto a favor do PS e do seu governo. A estabilidade não está em causa, porque eleições são actos naturais das democracias e não dramas.
Preservar este governo, é um bom contributo para a condenação de Portugal e para o empobrecimento do seu povo.
José J. Lima Monteiro Andrade

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Esta vergonhosa classe política

Portugal é hoje o país da União Europeia com maiores desigualdades de rendimentos e de oportunidades sociais.
Há mais de uma década que estamos em estagnação económica, empobrecendo e endividando-nos… num dramático caminho, para a insolvência.
Tudo sob a capa de mensagens que foram uma mentira…”socialismo”; “ igualdade; fraternidade e liberdade”; “social-democracia”…
Mensagens corrompidas por pessoas que assaltaram os partidos, destruíram-lhes as ideologias, criaram mecanismos para a sua manipulação e a sustentação dos seus interesses.
Enganaram os portugueses, com mensagens atractivas e por incompetência ou por objectivo, adulteraram o sistema político e destruíram o sonho de liberdade português.
A democracia foi espartilhada, ao exclusivo direito de podermos votar neles próprios…a simples benesse, de contribuirmos para a nossa submissão e para a manutenção do poder e privilégios desta lamentável classe política.
Há gente decente na actual participação política? Não sei, o que sei é que se os há, são cúmplices, pois partilham de um sistema, que não tem em si, capacidade regenerativa, de que o silenciamento dos “decentes é a maior demonstração de prova.
Como base da sua sustentação está a presunção, que a população portuguesa é submissa e ainda acredita na ilusão do discurso falacioso.
Só a clara e inequívoca demonstração de repúdio, de indignação, de inconformismo, poderá travar esta dinâmica dos protagonistas políticos sem escrúpulos e que numa teia de compromissos envolvem e corrompem toda a sociedade.
É hora da demonstração desse Inconformismo e de informar os portugueses do logro a que foram sujeitos.
A única linguagem que entenderão…será a demonstração da nossa força de pressão.
Portugal vencerá, se os portugueses acreditarem em si próprios e nos seus direitos.

José J.Lima Monteiro Andrade

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Em defesa de Portugal, alertando os portugueses.

1- Portugal está bloqueado
…impossibilitado de assumir um projecto nacional, que salvaguarde o seu futuro, a identidade do seu povo, os direitos de seus filhos.
Aos portugueses é negado o elementar direito de exigir e de responsabilizar, os que deveriam estar na política, num compromisso de Servir.
Partidos que substituíram as ideologias, verdadeiros clubes de interesses, lobies ao serviço de novas formas de escravatura.
Democracia é a nobre palavra mais adulterada. O sonho português abastardado, que os portugueses terão de resgatar.
Como?
Esse será o nosso desafio e também a nossa obrigação.
2- A adulteração democrática
Os Partidos dominantes apoderaram-se da democracia…preservam a palavra, mas afrontaram o conceito.
Foi a ânsia de poder e de servir caminhos obscuros de carreiras políticas, de interesses pessoais, de grupos, de seitas e organizações secretas, de projectos internacionais de dominância.
O sistema político português é a expressão desta Oligarquia partidária, que nega aos portugueses a capacidade de expressarem a sua vontade.
Há noções, que estão na origem desta estratégia dominadora, que através da manipulação da opinião pública, sustentam a mentira.
A representatividade proporcional (método de Hondt ) é a essência da doutrina enganadora.
É um bloqueio Constitucional e não apenas Legal.
Mas a Lei foi mais longe, nesta construção Oligárquica.
A Lei eleitoral, a Lei da subvenção dos partidos .
3- Manipulação é a palavra de ordem do sistema:
O “politicamente correcto” é a redução da análise e debate político, na estrita concepção da luta dos partidos dominantes pelo poder.
Somos assim limitados e condicionados através desta concepção, que tem como exclusivo objectivo a preservação da dominância partidária actual e do seu sistema político.
Tudo isto nos entra pela casa a dentro, a qualquer hora do dia.
Cria-se o pensamento político oficial…o permitido através de muitos outros mecanismos de promiscuidade e controle.
Totalmente manipulados.
Pagam-se valores milionários aos “fazedores da opinião”…a maioria, os mesmos há décadas.
Política fica assim associada exclusivamente, ao lamentável quadro das disputas partidárias, na sua ânsia de poder.
Os profissionalismo político, pago por todos nós, enquadra toda a manipulação e todos os partidos com expressão parlamentar, estão unidos nestas premissas, pois a todos convém.
O ramalhete é completado, pela generosidade com que o actual sistema, promove e apoia as mais diversas formas de alienação popular.
Não, não é só isto, mas isto já representa, um quadro dramático da actual concepção democrática.
José J. Lima Monteiro Andrade

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Renasce Terra - Apelo a Portugal

Renasce Terra
Apelo a Portugal

(comemorando a 150ª mensagem neste blog)

Terra de tão nobres valores…
Terra de tão nobres senhores…
Terra que perdeu a memória…
Que esqueceu o passado,
As referências de sua glória,
Tudo está hoje enterrado.
Como podes tu, oh terra!
A este ponto ter chegado.
Tu que foste conquistada,
Defendida por heróis na guerra,
Estás hoje totalmente paralisada.
Tudo isto, em nome de quê?
Tudo isto, porquê?
Ergue-te terra desgraçada…
Tu tens um nobre Povo,
Honra esse povo e a tua história,
Enaltece os teus heróis de novo,
Volta à tua velha glória.
Liberta-te da mentira e da traição,
Caminha pelo teu próprio pé.
Ressuscita…
Volta a ter Alma e Coração,
Acredita…
Põem-te em paz com a tua fé.

Novenbro de 2009 – José Andrade

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

As panaceias políticas, que são disfarces.

Uma das técnicas políticas mais eficazes é o do lançamento de temas, que aparentam ir ao encontro do descontentamento, mas têm na prática o efeito contrário.
Esta semana foram lançados dois temas, que são exemplo dessa técnica de manipulação da opinião pública.
O da redução do número de deputados, que logo veio a seduzir, muitos dos críticos do actual sistema político.
Muitos viram nesta “panaceia” uma medida útil para eliminar o despesismo do sistema político e raciocinando apenas nesta perspectiva (cujos efeitos seriam mínimos na despesa das contas públicas), esqueceram a razão política de tal proposta.
Esta ideia, seria mais um importante reforço da dominância, dos partidos ( PS e PSD), pois o método de eleição proporcional ( método de Hondt), favoreceria essa maioria do chamado “centrão” e diminuiria substancialmente o número de deputados eleitos pelas outras forças partidárias. Mais grave ainda, iria tornar mais difícil ainda o surgimento de novas forças partidárias.
Esta “panaceia”, tem ainda como objectivo, desviar do debate constitucional, qualquer ideia sobre a essência da questão essencial, que poderia salvar a democracia, e eliminar a consolidação da actual Oligarquia partidária…a eleição directa por círculos uninominais e a possibilidade de candidaturas independentes.
O segundo exemplo, foi a polémica sobre a proposta do PSD, de eliminar num futuro governo o Ministério da Agricultura. Logo apareceu o CDS, a contestar esta obscenidade, utilizando apenas argumentos de natureza demagógica (não podemos abdicar da Agricultura como sector estratégico) e evitando com esta posição abordar a essência do problema agrícola nacional.
O Ministro da Agricultura é um mero Director Geral ou Gestor, de uma política da União Europeia e sendo esta a verdade indiscutível, sendo assim o Ministro, apenas um título honorífico…
O PSD reconhece isto e resigna-se a essa realidade, o CDS pretende manter uma aparência (o título de Ministro), como disfarce, sem ter a frontalidade de denunciar o facto importante, ou seja, de termos abdicado da nossa soberania, em sectores essenciais, como são a Agricultura e as Pescas.
Estes dois exemplos, são uma lamentável demonstração, de como os actuais partidos, preocupados apenas com a sua capacidade de influência e dominância, lançam no debate público nacional, temas como polémicas inúteis, que são meros disfarces, que evitam a abordagem das questões decisivas.
Será decisivo para a democracia a modificação do sistema de representação proporcional e de exclusividade partidária.
Como será decisivo para o nosso futuro, voltar a ter a capacidade de decidir por uma política agrícola e das pescas, que defenda os nossos interesses e preserve a nossa capacidade produtiva e os nossos equilíbrios ambientais e sociais.
A abordagem política destas questões através, da redução do número de deputados ou eliminação do Ministério da Agricultura e Pescas, não passa de disfarce.

José J. Lima Monteiro Andrade