quarta-feira, 3 de março de 2010

A solução? A independência do Estado

Finalmente começam a surgir expressões da realidade.
A crise foi o sintoma de uma doença profunda, cuja origem já começa a ser expressa por alguns comentadores políticos, que conseguem libertar-se da pressão do condicionamento partidário, que obriga ao discurso do politicamente correcto.
Passaram alguns já à análise da doença, que origina a crise estrutural da sociedade portuguesa.
A doença é grave e só com uma profunda mudança pode permitir a nossa sobrevivência.
Pois de sobrevivência se trata. Preservação da independência, da soberania e também da democracia.
O Estado português, não é independente e está sujeito a todas as formas de pressão.
Interesses económicos, empresarias, sociais e partidários, interligam-se numa promiscuidade evidente, influenciam e controlam, de tal forma, que já não existe autonomia dos poderes constitucionais e impossibilitam a existência de um projecto nacional, capaz de fazer no presente a projecção do nosso futuro.
País sem projecto, é um país sem rumo.
Em que todos apenas querem, ou sobreviver ou usufruir, mas em que a apenas alguns esse privilégio está reservado, restando a todos os demais a descrença evidente a que chegou a maioria da população portuguesa.
A solução está na cura definitiva da doença grave, que Portugal padece á 100 anos.
A solução está num regime que salvaguarde e aprofunde a democracia, mas dê a indiscutível segurança de independência do Estado a todas as formas de pressão.
A solução está num Estado independente e digno, que se liberte de toda a promiscuidade e finalmente reponha na sociedade portuguesa a liberdade e o conceito de respeito pela representatividade dos eleitos.
A solução na independência do Estado, que permita a reposição da responsabilidade dos servidores públicos e a afirmação dos compromissos políticos.
A solução está num Estado independente, que exija a verdade, a honestidade, o mérito, de todos os agentes políticos e do serviço público.
A solução está na eliminação do engano do idealismo republicano, pois nunca um Presidente eleito, pode permitir uma Chefia de Estado independente e livre, das pressões e conluios partidários.
Só um Rei é livre e independente, só uma Chefia de Estado livre e independente, poderá garantir a independência do Estado português e o renascimento do sonho de liberdade e democracia e o futuro de Portugal.
A solução é o projecto Monárquico. A Monarquia moderna, constitucional e democrática, que restaure a motivação dos portugueses e a sua confiança no Estado.
O projecto monárquico é a alternativa, mas a sua afirmação na sociedade portuguesa carece de uma atitude de determinação e convicção, que cada vez mais se assume como a mais importante e patriótica das exigências.
Portugal necessita urgentemente desta afirmação da mensagem monárquica, apresentada como credível, porque é a solução.
A responsabilidade pessoal de D. Duarte de Bragança, está hoje num patamar de exigência patriótica, que o obriga à afirmação a toda a sociedade portuguesa, de que é nele que está a garantia indispensável, a única possível para alcançar a independência do Estado.
Tremenda e histórica responsabilidade. Que não o obrigam apenas a Ele, mas a todos os que entendem esta evidência, em particular aos monárquicos e às suas organizações.
O povo português anseia e entenderá esta mensagem.
A mensagem será mobilizadora e entusiasmante, porque é a verdadeira solução.
A solução que fará renascer a esperança e a motivação nacional.
Mas para que assim seja. Não há mais lugar à hesitação, mas sim à afirmação.
Acreditar.
Portugal precisa de voltar a acreditar.

José J. Lima Monteiro Andrade

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