"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
Adrian Rogers, 1931
Vem a propósito esta evidência, para uma análise da situação crítica, a que se chegou em Portugal.
A herança de um sector público gigantesco e absorvente da riqueza nacional, associada à doutrina do Estado Previdência, levou a que em Portugal, seis milhões de portugueses vivam dependentes do erário público.
Insustentável, sobretudo para um país sem políticas sectoriais de fomento de investimento no sector produtivo.
Este sistema económico insustentável, que não encontra respostas políticas que não sejam as do seu agravamento, está já a iniciar o rápido caminho do fim de um sonho.
Esse sonho terrível que tivemos, que trouxe a ilusão de podermos viver acima das nossas próprias possibilidades, sem um esforço colectivo de trabalhar intensamente, para aumentar a nossa riqueza e os nossos rendimentos.
Assumimos o papel de pedintes e dependentes bem comportados, na convicção de que a União Europeia, salvaguardaria esta nossa lamentável ilusão.
Agora é a União Europeia, que nos exigirá o apertar violento do cinto e exigirá a redução drástica do nosso nível de vida.
O mais grave, é que entretanto, se perderam valores essenciais, pela ausência de um projecto nacional.
Perdeu-se a postura social da exigência.
Não somos exigentes para os governantes, não somos exigentes na educação dos filhos no seio das famílias, não somos exigentes para com a ética e a moral, não somos exigentes na Escola pública, não somos exigentes para com o Estado.
Uma sociedade que foi caminhando no sentido da decadência e está próxima já da dissolução.
Existem reconhecidas as receitas, de políticas administrativas, económicas e financeiras.
Mas não existe nunca a capacidade de as por em prática.
Vivemos hoje perante a displicência de encarar a realidade, a ténue esperança de que ainda poderemos por algum tempo manter a ilusão e a grande incógnita se termos ainda força colectiva para ultrapassar e vencer esta grave crise preservando a independência.
Muitos quando confrontados com esta premissa dirão….que se lixe a independência, quero é continuar a poder ir ao supermercado, ter a minha vivenda, os meus dois carros, e passar férias no Algarve.
Outra consequência desta triste caminhada. Muitos já não estarão mobilizáveis, quando finalmente surgir um projecto mobilizador nacional.
Não poderemos adiar mais.
Portugal tem ainda muitas potencialidades de criar riqueza e de afirmação no mundo moderno.
Temos o mar, somos o maior país da Europa. O mar que está por explorar e de onde sairão as matérias primas do futuro da humanidade.
Temos os emigrantes que pelo seu sentimento, poderão estar disponíveis para esse projecto colectivo, sendo os investidores de que carecemos.
Temos a Lusofonia, uma herança da nossa capacidade do passado, que é uma enorme reserva de riqueza e oportunidades.
Então do que precisamos?
Precisamos da motivação nacional. Da renascença do nosso espírito do passado, que mobilizou, um nobre povo que foi pioneiro da globalização e criou um Império.
Precisamos de uma mudança radical na nossa sociedade, que volte a transmitir a confiança e a exigência.
Precisamos de uma referência motivadora e mobilizadora, para que nos voltemos a unir num projecto que a todos entusiasme.
A República criou a decadência, retira-nos a liberdade de ser um povo e encaminhou-nos para um sistema que nos retirará a liberdade individual.
Pela liberdade de cada um, pela liberdade de sermos um povo soberano, pela identidade que nos poderá preservar, pelo projecto que nos dará futuro…teremos primeiro de recuperar o Reino de Portugal.
É a hora de olhar para os nossos filhos e de lhes salvaguardar as referências, as raízes e um lugar de paixão, onde possam viver livres e felizes.
José J. Lima Monteiro Andrade
terça-feira, 9 de março de 2010
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