domingo, 14 de fevereiro de 2010

A palavra ao Rei

A palavra ao Rei

O que nos faz falta
Alguém, que diga em voz alta
O que ansiamos todos ouvir.
Uma voz desgarrada,
Desta cinzenta carneirada,
Que nos leve de novo a sentir.

A sentir que somos um povo,
A sentir orgulho de novo,
Que existe ainda Portugal.
Uma voz determinada,
Que seja o símbolo afinal,
Da mudança por todos desejada.

Não pode ser uma voz qualquer,
Não basta falar, não basta escrever,
É preciso que tenha toda a credibilidade.
Só uma Voz, esse discurso pode fazer,
A Voz símbolo da nossa nacionalidade,
Da nossa vontade e do nosso querer.

Que se levante então essa voz.
Ela está latente e no meio de nós.
Ela precisa da nossa motivação,
Ela precisa de sentir em nós confiança,
Demonstremos-lhe isso sem hesitação,
Fale ao povo, D. Duarte de Bragança.

Diga o que sente,
Diga que está presente,
Afirme a sua vontade e determinação,
Dê-nos também essa confiança,
Afirme a sua indiscutível vocação,
Ser a Voz, a mensagem de esperança.

Fale em nome de seus avós,
Suscite a emoção em todos nós,
Suscite o orgulho e a paixão.
Eleve bem alto a sua voz,
Voz que será determinante, essencial,
Que fará renascer no povo a motivação,
Que fará encontrar de novo Portugal.

José J. Lima Monteiro Andrade

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