segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A auto-estima de um povo é a única garantia de liberdade.

Não me apetece ficar calado e deixar de alertar, para com a mais grave das dependências … a dependência face à mentira pública.
Fico transtornado com estupidez, com a inconsistência dos discursos, atitudes ou propostas e com a manipulação feita através da sobranceria medíocre de alguns, tendo ou não, consciência dos seus actos.
A coerência já não é uma exigência social, pois a ansiedade de protagonismo é tão grande, que basta o pronunciamento de uma palavra, para justificar publicamente uma opção, que deveria estar consolidada em cada arauto, como uma convicção.
Assim será, se alicerçarmos esta tendência de sermos uns iletrados e como tal permissivos.
Ninguém já é coerente, com o que diz ser.
Apátridas que se dizem portugueses, capitalistas que se afirmam socialistas, republicanos que se afirmam monárquicos, servidores de interesses que se afirmam representantes do povo.
Uma sociedade onde este nível de esquecimento da exigência de coerência, está condenada à mais grave das vulnerabilidades….a mentira passa a ser a verdade.
Todos passaremos a andar à deriva e todos seremos enganados.
Portugal corre este sério risco. O risco de ultrapassar o grau mínimo de exigência para com os seus dirigentes, pelo retrocesso cultural das suas actuais elites.
A estas elites mesquinhas, nunca interessará a cultura da identidade, nem a referência dessa identidade com o seu passado, porque isso seria o grande obstáculo à sua afirmação.
Os interesses económicos e financeiros internacionais e das organizações políticas, que com eles partilham uma sinistra cumplicidade, associam-se a estas elites pequenas, produzindo uma nova moda e programando cada vez mais todas as sociedades, num determinado sentido.
Ser apátrida passou a moda.
As expressões de deturpação histórica, são um reflexo lamentável, do ponto a que chegamos, em que ser apátrida passou a moda...uma moda que nos asfixia e que não permite que sejam os portugueses a definir o seu próprio caminho e de escolher o seu próprio futuro.
Portugal não é pequeno...só o é actualmente, por que as suas elites também o são.
Mas essas elites não representam um povo de grande envergadura, com uma enorme dignidade, que tem de ser respeitada.
Esta moda, entrou em Portugal pela mão da propaganda republicana e consolida-se cada vez mais pela cedência a uma União Europeia, sem consistência política, nem identidade social, permissiva à nova doutrina da globalização.
Resistirão a toda esta tendência de uniformização de hábitos, costumes e dependências, apenas os povos, os países e as Nações, que consigam preservar uma referência de identidade. Que consigam preservar a unidade, com base na sua auto-estima e no seu orgulho próprio.
A diferenciação humana está ameaçada, a diferenciação dos países e das Nações está ameaçada… ameaçada está assim a LIBERDADE.
Governos supranacionais, estarão cada vez mais facilmente justificáveis.
A burocracia eliminará a democracia, porque a representatividade deixa de ser motivante e passará a ser empecilho. Estaremos então todos resignados.
Resistirão os povos e os países com referências de unidade, com o seu passado, onde a auto estima do povo esteja preservada.
As monarquias serão os últimos baluartes da democracia e da liberdade e provavelmente os pioneiros de uma nova era da história mundial.
José J. Lima Monteiro Andrade

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