Portugal está muito debilitado…sobretudo em pensamento.
Não temos tempo para pensar, não paramos para pensar…repetimos e estamos sujeitos.
Não conversamos uns com os outros…contamos histórias e assumimos como nossos, pensamentos de terceiros.
Defendemos ideias de terceiros…importadas, porque apenas queremos protagonismo.
Vaidosos da nossa própria debilidade.
Vulneráveis porque não ouvimos, perdemos o hábito de escutar e entender.
Os velhos são passado, são caretas…não absorvemos a sabedoria.
Somos facilmente manipulados… permanentemente.
Já não há ideologias do passado, tão pouco ideias novas.
Lemos e não entendemos…repetimos à letra o conhecimento.
Não interpretamos, não questionamos.
Ouvimos e repetimos.
Será assim? Será só assim?
Não, lá longe, no interior, há uma reserva de pensamento.
São os citadinos que perderam o tempo e o hábito de pensar.
Os cidadãos… a maioria.
Lá longe, mesmo dentro da cidade, mas longe porque isolados.
Há uma reserva de pensamento.
Iletrados, incultos, mas seres pensantes, que cultivam as relações e a conversa.
Rurais ou rústicos, como lhes queiram chamar, mas com valores enraizados …nas conversas, nas atitudes.
Uma minoria que se auto-preserva pelo sentimento…a paixão pela sua raiz, pela sua terra.
Alimentam-se da sua afinidade minoritária…são solidários e generosos.
Acreditam na sua terra, têm orgulho na sua origem e no seu passado.
Conhecem a sua História e honram-na.
São o exemplo que carecemos…preferem a conversa à televisão.
São críticos quanto aos costumes importados e confiantes em si próprios.
Olhemos para o exemplo e cuidemos de ouvir esta nossa reserva.
Disso dependerá a nossa salvação…a sabedoria está tão próxima de nós.
Porque teimamos em a rejeitar
Sejamos humildes, pois o nosso conhecimento pode ser apenas ignorância.
Aproveitemos o conhecimento enriquecido pela nossa reserva de sabedoria.
Talvez assim, possamos salvar Portugal.
José J. Lima Monteiro Andrade
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