A falsidade é a característica que mais me repugna num ser humano.
O que mais me chocou ontem no discurso do Presidente da República, foi ter percebido que quem estava a falar era falso e não se envergonhava dessa característica.
A decisão de promulgar a Lei do Casamento entre homossexuais, imediatamente após a visita do Papa a Portugal, apenas representa que as palavras e as condutas do Presidente da República durante a visita do Santo Padre, foram uma lamentável sucessão de falsidades de comportamento do sujeito Aníbal Cavaco Silva.
Lamentável comportamento, que fere toda a nossa sensibilidade, de uma pessoa que já tendo tomado uma decisão, faz-se passar pelo mais orgulhoso dos fiéis na presença do Papa e perante a alegria dos portugueses, para no dia seguinte ser um colaboracionista destacado, contra a essência da mensagem Papal e envergonhar a maioria dos portugueses, que tinha sido enaltecidos, como um povo glorioso.
Como pode um homem assim ser Presidente da República de Portugal?
Mas a sua falsidade tem ainda outra agravante. É que o que a ocasiona não é a consciência do sujeito Cavaco Silva, mas a necessidade de não provocar um debate com as forças apoiantes do seu concorrente às eleições presidenciais.
A falsidade tem origem política e representa a enorme falsidade da própria República.
Se o momento não fosse pré-eleitoral, ou se fosse pós eleitoral, ficamos todos a saber que a convicção de Cavaco Silva se tinha imposto, à sua dependência como candidato presidencial.
O regime republicano é assim. Toda uma sociedade vai sofrer uma afronta na sua essência porque há uma eleição presidencial que exige do candidato a atitude de falsidade.
Não nos temos cansado de fazer esta simples demonstração…com um Rei livre, isento e independente, nunca os portugueses ficariam sujeitos a este vexame.
O povo português não merece, ter como referências níveis tão baixos de valor humano.
José J. Lima Monteiro Andrade
terça-feira, 18 de maio de 2010
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