No Ilhéu das Rolas, onde o Meridiano se cruza com o Equador, há um padrão com a Cruz de Cristo.
Foi aí que encontrei este Homem.
Estava-mos sós os dois, reparei que não era negro, nem branco, sequer mestiço, era tudo isso.
Olhou para mim e disse…tu português repara bem nesse Padrão.
Foram os portugueses que o colocaram aqui no centro do Globo…padrão que foi português, que de momento não o é, mas que ninguém ousa retirar.
Tu português, terás de entender isso…ninguém nunca terá coragem de apagar, a marca do desígnio português no mundo.
Portugal não acabou, nem acabará, porque há destinos a cumprir, nobres funções a desempenhar.
Olha o mar, repara bem nele e vê aí a reserva da humanidade. Está aí o alimento, a energia, a matéria prima, as moléculas que curarão as mais diversas doenças.
Tu português, tens tudo na mão. Ninguém como tu, sabe compreender o mar.
Tu e todos aqueles que têm a mesma raiz, uma imensidade de povos e de Nações.
Liberta-te português, dessa tentação Continental, onde poderás encontrar a amizade, algum equilíbrio, mas nunca a solidariedade e a afinidade, que te preservará a tua identidade.
Liberta-te da ilusão, da vivência sem esforço, porque não é essa a tua vocação, nem tão pouco o teu carácter.
Rompe com os espartilhos da acomodação, com a mentira dos dominadores e volta a caminhar pelos teus meios.
Portugal, não é a porta de saída da Europa, mas a porta de entrada da raiz lusitana.
Volta a aproximar todos os que te conheceram e reconheceram, ao ponto de adoptarem a tua língua, enaltece o passado comum, para de mãos dadas encontrarem de novo a esperança e a voltarem a transmitir a todos os demais povos.
A tua submissão, português, será a submissão de muitos mais, a uma nova escravidão.
Tu que foste o primeiro a acabar com ela, terás também de ser o primeiro na luta que se irá travar contra forças poderosas, que de novo a querem impor.
Só a tua sabedoria, o teu sentimento de solidariedade, a tua crença no Homem, poderá ser contraponto, a novas desgraças que os dominadores, na sua acção louca irão provocar.
Desconfia da solidariedade de outros povos, que te oferecem recursos a troco de cedências e ilusões, com os quais não tens laços de afinidade e que te dominarão, na sua presunção de superioridade.
Acredita nos teus irmãos e leva-os a acreditar em ti.
Tu português tens de voltar a afirmar-te …teus filhos te honrarão e muitos outros filhos, te agradecerão.
Desci do morro do Padrão amedrontado.
Palavras que faziam sentido, profecias loucas? … acontece que nunca mais as esqueci e cada vez mais, as reconheço como verdade.
José J. Lima Monteiro Andrade
domingo, 30 de janeiro de 2011
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