terça-feira, 20 de abril de 2010

A visita do Papa a Portugal

A Visita do Papa
A visita do Papa vem estimular a expressão da essência da sociedade portuguesa.
De origem Cristã, a sociedade portuguesa preserva na actualidade, apesar de todas as perseguições, maioritariamente a sua crença religiosa.
Esta identidade claramente maioritária da sociedade portuguesa, é um direito histórico e simultaneamente moderno e actual, que foi renegado através do conceito de Estado laico e republicano.
O laicismo é assim um conceito republicano, que foi introduzido em Portugal desde 1820, que teve momentos de expressiva vitória e cujo intuito foi sempre determinado pelo objectivo político, de retirar um direito de influencia política à sociedade portuguesa.
O laicismo do Estado é assim apenas uma negação de um direito da sociedade, de forma torna-la mais permissiva a influências externas, à uniformização de conceitos e à diluição de identidades.
A extinção das Ordens Religiosas de 1834, as perseguições religiosas e os esbulhos património da Igreja de 1910, a declaração de Estado Laico e renegação da Concordata em 1975, são marcos particularmente significativos desta influência Maçónica, contra os direitos da sociedade portuguesa e a favor da dissolução da sua identidade.
O laicismo do Estado é assim, uma negação de um direito da sociedade.
Com ele arrastou muitos outros direitos da sociedade, neste conceito perverso do Estado dos cidadãos.
Direitos até de natureza patrimonial, de são exemplos um enorme conjunto de bens que o Estado se apropriou, da Igreja Católica e de muitas outras organizações da sociedade civil, que não passando de esbulhos à sociedade, muitos deles são carcaças em ruína, sinais evidentes do erro, deste conceito de Estado. Igrejas, Edifícios das antigas Juntas, Corporações e Federações, que este Estado não conserva, nem dá funcionalidade e até exige pagamento pela restituição da propriedade a quem tem direito e a quem está disponível para a sua recuperação e a dar-lhe o uso adequado.
O poder exclusivo dos cidadãos nesta concepção republicana de Estado, desrespeita a mais natural das concepções democráticas, que é a condição do exercício dos direitos de cada um, se condicionar aos deveres perante a sociedade.
A eliminação do enquadramento dos direitos da sociedade, nesta concepção republicana de Estado, entrega esses direitos ao poder discricionário do Estado, sobrevalorizando os direitos e os interesses dos cidadãos nas decisões e subjugando os direitos colectivos a essa concepção.
Pilares da sociedade, como a Família e o seu sentido, sofrem por esta via enormes fracturas destruidoras, mas também outros valores e direitos da sociedade, como o direito ao conhecimento do seu passado, o próprio território, a cultura genuína, as tradições e vivencias particulares.
A negação desta consciência social, é conseguida através da propaganda de uma associação de ideias, que são uma mentira e um grande embuste.
Associa-se Estado Laico e Republicano, a conceitos como democracia, modernidade e evolução, para através da sua repetição sistemática, evitar a percepção popular do logro de que estão a ser vítimas.
Matou-se o debate, mas o povo sobe preservar a sua essência de identidade.
O Estado Laico e Republicano, divorciado do povo, foi por ele derrotado.
O povo português, continua a manter uma profunda identidade própria, continua organizado numa sociedade maioritariamente cristã e católica.
A visita do Papa, será uma inequívoca expressão moderna, desta identidade histórica portuguesa, do povo português, que o receberá com entusiasmo, reconhecimento, veneração e na esperança de uma ajuda que induza ao reforço da sua afirmação.
“Pátria, Deus e Família” será de novo rezado em voz baixa.
Obrigado Fátima; Obrigado Papa…
De um agnóstico, mas português.
José J. Lima Monteiro Andrade

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