Colocaram-nos um carapuço, uma venda nos olhos e taparam-nos os ouvidos.
A propaganda da mentira e a obrigatoriedade de falar “politicamente correcto”, conduziu-nos a uma realidade antagónica face a todas as palavras e discursos políticos.
A democracia, asfixiou-se num esboço caricato, em que os partidos escolhem a seu bel-prazer os representantes do povo e os transforma, em meros ecos repetidores das estratégias de cúpulas interesseiras e oportunistas.
O socialismo e social-democracia, as mentiras mais propaladas, governaram em dominância, criando a sociedade das desigualdades, acenando com ilusões, originando a mais profunda diferença na sociedade portuguesa de sempre, entre as oportunidades e os rendimentos, numa realidade em que as diferenças entre pobres e ricos é escandalosa e em que os privilégios de alguns poucos são favorecidos em grau que não tem paralelismo histórico, nem comparação com nenhuma outra sociedade da Europa.
O Estado de direito, que mobilizou pelos discursos o entusiasmo dos portugueses, que é a essência da sua lei fundamental, mas que por falta de atribuição de meios à Justiça, também pela euforia legislativa, origina a impossibilidade da defesa dos direitos constitucionais, entrava o desenvolvimento económico e proporciona a corrupção e a promiscuidade política.
Uma República que se afirmou na mentira da representatividade eleitoral do Chefe de Estado que emana do povo e de que resultou a doutrina da divisão eleitoral de um povo, como forma de o dividir para governar e que se reduziu à exclusiva influência de alguns partidos, se transformou numa agência permanente da dissolução de sentimentos e vivencias colectivas, indutora da dissolvência de uma Nação e da decadência de uma sociedade com nove séculos de história.
Em Portugal já não são os portugueses que decidem nada sobre a sua governação.
Tudo nos é imposto e não temos sequer a possibilidade de escolher o nosso projecto de futuro.
Os portugueses não podem ouvir, nem ver a realidade.
O politicamente correcto é este sistema político, esta Oligarquia, esta Republica, esta Europa onde já somos os únicos que acreditam na sua viabilidade como projecto político.
Quando nos destaparem a carapuça e se proclamar nesta Europa do equivoco…salve-se quem poder, teremos ainda condições para nos salvar?
O mar continua à espera de que para ele sejamos novamente empurrados.
Mas neste momento já cedemos ao objectivo histórico de Castela. O TGV, vai finalmente proporcionar o objectivo estratégico de Madrid, abrindo-lhe as portas do Atlântico e negando a Portugal a sua grande vantagem estratégica de desenvolvimento autónomo e independente.
Na cidade de Valença já se içam bandeiras espanholas.
Os portugueses estão a ser violados na sua essência, pois que eu saiba apesar de todos as desvantagens de viver em Portugal, não há nenhum movimento natural dos habitantes das terras fronteiriças de tentação de ir viver para Espanha.
O que há e é muito preocupante é um movimento enorme de emigração da juventude portuguesa mais qualificada, que é rejeitada por não ter no seu país oportunidades.
O que há é o elogio político, ao investimento no exterior das nossas melhores empresas, que não têm condições favoráveis de investimento em Portugal.
Sem empresas e sem jovens de qualidade, não teremos futuro.
Sem acreditar em Portugal, estaremos condenados como país e como sociedade.
Restaurar Portugal, é assim a primeira das prioridades actuais.
O Reino de Portugal, a motivação colectiva que nos libertará da mentira.
José J. Lima Monteiro Andrade
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