Esforçam-se os candidatos para tentar mobilizar os portugueses para umas eleições presidenciais, num momento de exponencial descontentamento e descrédito pela política.
Nenhuma dos candidatos tem a convicção ou o perfil mobilizador.
O debate de ontem foi deprimente.
Falaram os candidatos apenas da governação e de uma forma lamentável.
Ficamos esclarecidos que pelo menos estes dois candidatos, não têm como prioridade nenhuma estratégia de afirmação de futuro para Portugal e apenas estão fixos nas questões que o imediatismo governamental, lhes sugerem.
Triste amostra da mediocridade política, que nos oferecem como escolha.
Cavaco justifica-se do ataque de Nobre… eu confesso que muito me empenhei para a aprovação do Orçamento de Estado…que não conheço, que nunca disse que aprovava, mas que vou estudar… mas seria o descalabro se não tivéssemos um Orçamento…uma vez que só poderíamos ter novo Governo daqui a seis meses (por motivos Constitucionais decorrentes das Eleições presidenciais)… não poderíamos ter um simples Governo de gestão durante tanto tempo e numa situação critica.
Nobre, o tal que se afirma exterior ao sistema, é incapaz de perceber o argumento que Cavaco lhe oferece e prefere a afirmação de crítica ao Orçamento.
Nobre, não foi capaz de se afirmar politicamente, ou não teve convicção ou coragem suficiente, refugiou-se na crítica fácil ao Governo e ao seu instrumento, o Orçamento.
O argumento de Cavaco representa duas questões essenciais…uma que é uma questão de Estado ou de limitação Constitucional (não poder haver eleições) e outra que é uma interpretação incorrecta das funções do Presidente da Republica (deu posse e sustentou um Governo minoritário)… Nobre, fugiu a qualquer delas.
Inépcia ou disfarce?
Mas o mais estranho é que Nobre foi incapaz de colocar a questão, que para todos nós é uma evidência… acredita o sr. Presidente que as medidas avulsas que nos têm sido trazidas de Bruxelas, pelos sucessivos PECs, através deste Governo que suporta, que não é mais do que um governo de gestão.
Se sim, ficaríamos esclarecidos, sobre toda dependência de Cavaco Silva…se não, o que pretende fazer o futuro Presidente da Republica?
Nenhum dos candidatos se quis comprometer…lamentável, deprimente.
Nenhum será nunca líder, muito menos, a liderança que carecemos.
José J. Lima Monteiro Andrade,
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