domingo, 15 de maio de 2011

Como pode Passos Coelho ainda ganhar…porque se ele ganhar, Portugal poderá ter futuro.

Convocar eleições num período de resgate nacional por insolvência financeira, foi um enorme disparate político do Presidente da Republica e Conselheiros de Estado e muito provavelmente irá ter consequências dramáticas para o nosso futuro próximo.
Esta minha afirmação foi feita logo na altura e tentei desenvolver alguns argumentos que infelizmente se estão a concretizar.
Sócrates e o PS, foram os principais beneficiários da decisão. Passo Coelho o principal prejudicado.
Uma parte significativa do eleitorado do PCP e BE, acredita que Sócrates irá ser o mais útil lutador, perante as medidas de austeridade e sacrifício, impostas pela Troika.
Sócrates que é capaz de enganar os portugueses, também será capaz de enganar o FMI e a União Europeia…é nisto que apostam muitos eleitores, que pretendem evitar a mudança radical de vida e das funções do Estado na sociedade portuguesa.
Sócrates pelo seu perfil, de ausência de princípios, transforma-se assim na derradeira tábua de salvação dos defensores e beneficiários de um Estado garantia dos rendimentos e regalias sem esforço.
Esta é a mentalidade generalizada numa parte significativa da população, para quem o actual PS, passou a ser a única garantia de preservação.
É claro que estão profundamente enganados…o acordo com a Troika é um compromisso nacional e uma vitória do PS nestas eleições, apenas ocasionará uma instabilidade adicional de natureza política e uma maior desmotivação da sociedade civil para ultrapassar a gravíssima crise económica, política e social, que assume como nunca na nossa história, também o carácter de uma crise de independência e soberania.
A vitória de Sócrates e do seu PS, será um fortíssimo contributo para a condenação de Portugal como país soberano e independente…será o aval popular à instabilidade politica provocada pela incapacidade do actual Presidente da Republica.
O erro do Presidente foi ainda mais reforçado com os apelos ao consenso nacional entre os partidos subscritores do acordo com a Trioka.
Esta lamentável distorção do sentido democrático, originou uma enorme dificuldade adicional ao novo líder do maior partido da oposição. Passo Coelho teve então a indispensável necessidade de se distanciar o mais possível de Sócrates, mas dificilmente o poderia fazer através de propostas, pois elas já estavam estabelecidas, mas sim através de atitudes.
Sócrates, que é o Secretário Geral do PS, domina totalmente o seu partido e o seu partido tem uma forte dominância na comunicação social, que representa uma máquina de propaganda como em momento algum aconteceu e como nunca seria imaginável acontecer num regime democrático.
Passos Coelho não é o Secretário Geral do seu partido.
O Secretário Geral do PSD é assim uma peça dominante para a acção difícil da liderança de um novo presidente sujeito a uma afirmação de natureza pessoal e a uma luta política desigual.
Os erros sucedem-se… o partido é sujeito a uma fortíssima infiltração de lobies e de seitas secretas…o grupo de Boston nas matérias da educação, o movimento da sociedade civil, dos gestores públicos, a invasão maçónica, de que o folhetim Fernando Nobre, assume maior evidencia e controvérsia.
Passos Coelho, fica sujeito e tem necessidade de se afastar de muitas das propostas e atitudes protagonizadas por este dinâmica de assalto ao PSD, que obriga a inúmeras intervenções contraditórias decorrentes das lutas internas.
Passos Coelho ficou fragilizado e deve esse facto ao seu Secretário Geral.
Esta situação de eminente dificuldade do único líder capaz de derrotar, quem nos condenou, veio a originar o deslumbramento de Paulo Portas.
Uma subida eleitoral à custa desta lamentável dificuldade do PSD se assumir unido e respeitador do seu actual líder, originou essa ridícula pretensão de Paulo Portas candidato a Primeiro Ministro.
Mas Portas não teve a frontalidade suficiente para rejeitar liminarmente vir a ser parceiro num Governo com o PS. Com isso deu argumentos a Sócrates e a todo o deslocamento do eleitorado que tem favorecido o PS nas sondagens.
O “Nim” de Paulo Portas e a sua coincidência de posição, de poder não participar num Governo com o PSD, caso Passos Coelho ganhe, também é um forte contributo para toda esta dinâmica de insolvência política e um pronuncio gravíssimo para o nosso futuro colectivo.
Só a vitória de Passo Coelho poderá evitar o descalabro nacional…mas para que isso aconteça, é cada vez mais indispensável e urgente, a sua demarcação do seu próprio Secretário Geral.
Passos Coelho, terá de se assumir como líder indiscutível e incontestado…que o seu partido entenda de uma vez, que não é apenas um instrumento da futura influencia dos lobies e da maçonaria, mas sim o travão dessa influência e o único instrumento politico deste sistema que pode abrir a porta da mudança que se impõe, sem graves convulsões sociais.
José J. Lima Monteiro Andrade

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