E de repente todos se voltaram para o Mar.
O mar voltou a ser o nosso futuro.
O semanário Expresso na sua Conferencia do Mar convida Durão Barroso, que disserta sobre as potencialidades marítimas por explorar…
Na Conferencia do Atlântico Cavaco disserta sobre a suas próprias vulgaridades repetidas sobre a matéria de que se julga com direitos de autor...
Passos Coelho vem salientar que a nova Plataforma Continental vai aumentar a área de soberania nacional para mais de 15 vezes a actualm o que vai ser uma grande oportunidade (perdida?)…
pois logo a EU se apressa a apresentar na mesma conferência(coincidência?) uma estratégia para o Atlantico, que defende ser de todos os europeus …
milhões de euros para fiscalização e apoios ao investimento ...
e que os licenciamentos deverão ser comunitários…
Estão a apagar a nossa luz ao fundo do túnel…
e somos nós (eles) que nos pomos a jeito.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
A luz ao fundo do túnel
E de repente ficamos a saber que temos a maior reserva de ferro da Europa, que há interessados credíveis em a explorar, que isso implica obras na modernização do transporte ferroviário abandonado, que os portos de Leixões e Aveiro terão de ter obras de reformulação.
Surge o ouro no Alentejo, o gás natural no Algarve, o petróleo em Peniche, que sabemos agora, não teve apetência empresarial de exploração por duvidosas questões ambientais, levantadas por grupos de pressão favorecidos na sua capacidade de intervenção pela comunicação social.
Ficou claro também, que de repente que a União Europeia aceita a alteração do TGV, para uma via rápida de mista (mercadorias e passageiros) o que transforma o porto de Sines como a principal porta europeia para entrada e escoamento comercial, depois da próxima abertura do canal do Panamá…ficamos a saber também que afinal o porto de Algeciras estava já ligado à Europa através da via ferroviária com bitola europeia e assim percebemos melhor a razão do acordo Ibérico feito pelo governo de Sócrates e as vantagens económicas evidentes que adviriam para Espanha.
Tomamos também agora consciência pública que 1/3 do território nacional está em desertificação acelerada, através do alerta divulgado pelo Observatório Espacial Europeu…se bem que tal facto não tenha tido impacto na nossa comunicação social, porquanto levantaria problemas graves de consciência a políticos no activo. em particular ao senhor Presidente da Republica, responsável primeiro pelo estado lamentável de abandono da nossa actividade agrícola.
O sector primário… minas, energia, agricultura e pescas, é finalmente avaliado ainda apenas por alguns portugueses, como essência para o nosso arranque no caminho do desenvolvimento económico e da eliminação da dependência externa, que nos causou todo este empobrecimento brusco e violento.
A luz ao fundo do túnel é assim este pensamento estratégico, que a crise fez ressurgir.
O erro é hoje evidente…Portugal mesmo integrando uma União Europeia fulgurante no seu desenvolvimento, não poderia subsistir como Nação, preterindo o seu sector produtivo à visão de país eminente prestador de serviços.
A luz ao fundo do túnel é esta visão, triste é certo, de ouvir os “carrascos” da nossa produção agrícola e industrial, a falarem hoje na necessidade de consumir produtos nacionais.
Ainda haverá um largo caminho a percorrer para que esta pequena luz, ilumine os espíritos de políticos, sindicalistas e dirigentes patronais, que teimam a esquecer o pensamento económico estratégico, pois persistem em se manter bloqueados na exclusiva premissa do aumento da produtividade empresarial.
Os interesses particulares e de grupos corporativos, dominam ainda a mentalidade geral da economia portuguesa…os ganhos de produtividade estão bloqueados pela mentalidade sindical dominante, pela burocracia estatal, pelo enquadramento jurídico e pela ineficácia judicial. Muito tempo haveria que esperar pelas reformas essenciais que alterassem este enquadramento…mas o pensamento dominante persiste em acreditar que esta é a principal premissa do desenvolvimento.
Essa, e a injecção de dinheiro na economia…dinheiro emprestado e não criado.
É aqui, que está a verdadeira luz ao fundo do túnel…eliminar a nossa dinâmica de endividamento externo…pagar as nossas dívidas com dinheiro criado através da exploração dos nossos recursos naturais…sector primário.
Teremos ainda capacidade humana disponível para os sacrifícios inerentes à actividade mineira, à agricultura e às pescas?
Esta dúvida coloca-se no meu espírito, mas tenho esperança que o sofrimento que hoje muitos já sentem também irá ocasionar uma outra mudança na mentalidade dos portugueses…não é possível continuar a beneficiar dos direitos, sem deveres e esforço.
O Ministro da economia anunciou como provável o maior investimento de sempre realizado em Portugal através da cedência de exploração das minas de Moncorvo…há muitos outros projectos e finalmente Portugal começa a entender as suas próprias potencialidades.
O porto de Sines tem mais condições que o porto de Algeciras…o “papalvo” já fugiu para Paris.
A esperança de voltarmos a ter esperança, veio associada a esta crise e a mudança que ela determinará na nossa mentalidade será a condição determinante para que a nossa saudade do passado histórico se atenue, perante a luz que se alguns já visionam ao fundo do túnel.
José J. Lima Monteiro Andrade
Surge o ouro no Alentejo, o gás natural no Algarve, o petróleo em Peniche, que sabemos agora, não teve apetência empresarial de exploração por duvidosas questões ambientais, levantadas por grupos de pressão favorecidos na sua capacidade de intervenção pela comunicação social.
Ficou claro também, que de repente que a União Europeia aceita a alteração do TGV, para uma via rápida de mista (mercadorias e passageiros) o que transforma o porto de Sines como a principal porta europeia para entrada e escoamento comercial, depois da próxima abertura do canal do Panamá…ficamos a saber também que afinal o porto de Algeciras estava já ligado à Europa através da via ferroviária com bitola europeia e assim percebemos melhor a razão do acordo Ibérico feito pelo governo de Sócrates e as vantagens económicas evidentes que adviriam para Espanha.
Tomamos também agora consciência pública que 1/3 do território nacional está em desertificação acelerada, através do alerta divulgado pelo Observatório Espacial Europeu…se bem que tal facto não tenha tido impacto na nossa comunicação social, porquanto levantaria problemas graves de consciência a políticos no activo. em particular ao senhor Presidente da Republica, responsável primeiro pelo estado lamentável de abandono da nossa actividade agrícola.
O sector primário… minas, energia, agricultura e pescas, é finalmente avaliado ainda apenas por alguns portugueses, como essência para o nosso arranque no caminho do desenvolvimento económico e da eliminação da dependência externa, que nos causou todo este empobrecimento brusco e violento.
A luz ao fundo do túnel é assim este pensamento estratégico, que a crise fez ressurgir.
O erro é hoje evidente…Portugal mesmo integrando uma União Europeia fulgurante no seu desenvolvimento, não poderia subsistir como Nação, preterindo o seu sector produtivo à visão de país eminente prestador de serviços.
A luz ao fundo do túnel é esta visão, triste é certo, de ouvir os “carrascos” da nossa produção agrícola e industrial, a falarem hoje na necessidade de consumir produtos nacionais.
Ainda haverá um largo caminho a percorrer para que esta pequena luz, ilumine os espíritos de políticos, sindicalistas e dirigentes patronais, que teimam a esquecer o pensamento económico estratégico, pois persistem em se manter bloqueados na exclusiva premissa do aumento da produtividade empresarial.
Os interesses particulares e de grupos corporativos, dominam ainda a mentalidade geral da economia portuguesa…os ganhos de produtividade estão bloqueados pela mentalidade sindical dominante, pela burocracia estatal, pelo enquadramento jurídico e pela ineficácia judicial. Muito tempo haveria que esperar pelas reformas essenciais que alterassem este enquadramento…mas o pensamento dominante persiste em acreditar que esta é a principal premissa do desenvolvimento.
Essa, e a injecção de dinheiro na economia…dinheiro emprestado e não criado.
É aqui, que está a verdadeira luz ao fundo do túnel…eliminar a nossa dinâmica de endividamento externo…pagar as nossas dívidas com dinheiro criado através da exploração dos nossos recursos naturais…sector primário.
Teremos ainda capacidade humana disponível para os sacrifícios inerentes à actividade mineira, à agricultura e às pescas?
Esta dúvida coloca-se no meu espírito, mas tenho esperança que o sofrimento que hoje muitos já sentem também irá ocasionar uma outra mudança na mentalidade dos portugueses…não é possível continuar a beneficiar dos direitos, sem deveres e esforço.
O Ministro da economia anunciou como provável o maior investimento de sempre realizado em Portugal através da cedência de exploração das minas de Moncorvo…há muitos outros projectos e finalmente Portugal começa a entender as suas próprias potencialidades.
O porto de Sines tem mais condições que o porto de Algeciras…o “papalvo” já fugiu para Paris.
A esperança de voltarmos a ter esperança, veio associada a esta crise e a mudança que ela determinará na nossa mentalidade será a condição determinante para que a nossa saudade do passado histórico se atenue, perante a luz que se alguns já visionam ao fundo do túnel.
José J. Lima Monteiro Andrade
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
O despudor de alguns eminentes ex-políticos
Questionados sobre a sua opinião face ao eventual corte do seu subsídio vitalício, alguns políticos tiveram o despudor de responder de uma forma despudorada.
Uma confirmação pública do seu carácter e da sua irresponsabilidade cívica.
Ângelo Correia afirma que estão em causa quebra de direitos adquiridos… ignorando o direito do subsídio de Natal e de Férias de todos os funcionários públicos.
Dias Loureiro afirma que o seu contributo na luta contra a crise é a sua contribuição na criação de emprego…certamente em Cabo Verde onde se encontra refugiado por ser arguido no processo BPN.
Jorge Coelho, afirma que entrega o seu subsídio vitalício a instituições de caridade, sem as referir…e sem esclarecer porque não faz caridade com o chorudo ordenado que ganha na Mota Engil e não com o dinheiro dos contribuintes.
Muitos outros, também questionados sobre a mesma questão recusaram-se a responder… por oportunismo, consciência pesada ou vergonha, mas o que é ainda mais revelador da absurda mentalidade dos ex-políticos, é que apenas uma das respostas foi no sentido de aceitação.
Estes homens pequenos, que subiram a patamares profissionais através da política e servem uma promiscuidade política/empresarial que nos tem custado fortunas, revelam-nos assim toda uma vergonhosa, mas muito nítida “fotografia” de uma das razões e de grande impacto, que nos levou ao actual drama social, político e económico.
José J. Lima Monteiro Andrade
Uma confirmação pública do seu carácter e da sua irresponsabilidade cívica.
Ângelo Correia afirma que estão em causa quebra de direitos adquiridos… ignorando o direito do subsídio de Natal e de Férias de todos os funcionários públicos.
Dias Loureiro afirma que o seu contributo na luta contra a crise é a sua contribuição na criação de emprego…certamente em Cabo Verde onde se encontra refugiado por ser arguido no processo BPN.
Jorge Coelho, afirma que entrega o seu subsídio vitalício a instituições de caridade, sem as referir…e sem esclarecer porque não faz caridade com o chorudo ordenado que ganha na Mota Engil e não com o dinheiro dos contribuintes.
Muitos outros, também questionados sobre a mesma questão recusaram-se a responder… por oportunismo, consciência pesada ou vergonha, mas o que é ainda mais revelador da absurda mentalidade dos ex-políticos, é que apenas uma das respostas foi no sentido de aceitação.
Estes homens pequenos, que subiram a patamares profissionais através da política e servem uma promiscuidade política/empresarial que nos tem custado fortunas, revelam-nos assim toda uma vergonhosa, mas muito nítida “fotografia” de uma das razões e de grande impacto, que nos levou ao actual drama social, político e económico.
José J. Lima Monteiro Andrade
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Finalmente uma estratégia de regime
Chegamos a uma situação de quase ruína…expressa em regressão económica, em eliminação de direitos e rendimentos, em limitações inaceitáveis de soberania, porque o actual regime foi incapaz de se consolidar através de uma estratégia política autónoma.
Ao longo destes 36 anos, a politica desprezou a indispensabilidade de encarar as potencialidades de Portugal no mundo moderno e globalizado. Restringimos as nossas preocupações ao nível da distribuição de rendimentos e das regalias sociais, sem cuidar de as preservar no futuro através do pensamento estratégico de desenvolvimento.
Acreditamos numa ilusão… que pertenceríamos a uma Europa, capaz de garantir o nosso sonho de bem-estar, o nosso novo-riquismo, as nossas necessidades alimentares e a nossa ansiedade consumista crescente.
Esta cegueira de visão estratégica foi fatal para Portugal.
Hoje já se reconhecem os gravíssimos erros cometidos na definição de aplicação dos fundos estruturais que beneficiamos com a nossa adesão à Comunidade Económica Europeia.
Uma boa parte do território nacional (interior) em desertificação ambiental, social e económica galopante, auto-estradas sem rentabilidade possível porque carecem de utentes, escolas abandonadas e novas escolas com despesas de funcionamento e conservação incompatíveis com a melhoria do serviço que as justificaram, hospitais e centros de saúde ingeríveis no aspecto financeiro e na prestação do serviço essencial.
Erramos, porque fomos incapazes de ter pensamento estratégico autónomo, assumindo esse drama de que pertencíamos já a uma outra Nação…como se fosse possível haver uma Nação sem um povo identificado com o novo projecto, homogéneo na sua identidade.
Erramos, porque não pensamos por nós, porque fomos na canção do bandido de uns quantos apátridas.
Assim não o fizeram outros povos, do mesmo projecto…por isso está aí claro, também hoje, a dominância Alemã de novo na Europa, com o suporte subserviente da França.
Acabamos, nesta vergonhosa intervenção externa, que nos vai obrigar a mudar radicalmente de vida e de políticas, sem que tenhamos sequer a possibilidade de pestanejar.
Que esta lição, nos conduza de novo a pensar por nós próprios e nos mobilize a encontrar os projectos e os desígnios que preservem a nossa capacidade de nos auto-governar.
Há sinais de que assim vai ser.
Curiosamente esses sinais não são valorizados na Comunicação Social, apenas ávida da promoção da luta partidária como forma de manter o sistema pelo entretenimento emocional do povo.
O novo ministro da economia, Álvaro Santos Pereira, passa por ser a maior decepção perante as expectativas face ao governo, na perspectiva banal dos analistas políticos da nossa praça…mas é a ele que se deve a primeira alteração substancial na estratégia macro económica, que pode indiciar a viabilidade do nosso futuro.
Trata-se da mudança de agulha nos projectos do TGV e da utilização ferroviária e portuária na sua função decisiva de fomento económico.
A União Europeia já aceitou e garantiu que os fundos previstos serão utilizados para construção de uma via ferroviária mista (pessoas e mercadorias) Sines-Caia, com bitola europeia. Uma importantíssima vitória nacional e uma derrota do centralismo Castelhano de Madrid.
Falta ainda ganhar a segunda batalha. Que a linha que segue de Madrid para França também tenha a mesma bitola…mas agora temos novos aliados para essa guerra…a Catalães e Bascos também convém esta solução.
O porto de Sines passará a ser um importantíssimo pólo de desenvolvimento nacional, por três razões essenciais.
1- Porque passará a ser um porto determinante de importações e exportações de mercadorias do Atlântico e não apenas de acesso de produtos petrolíferos, passando assim para a ser um espaço intermodal de referência nacional, peninsular e europeia.
2- Vinhos e Azeites do Alentejo, passarão a beneficiar de novos mercados (países lusófonos e emigração portuguesa) de uma nova capacidade de competição pelo benefício de terem este espaço de escoamento muito menos oneroso dos custos de transporte e colocação no mercado mundial…dado que muita da reestruturação do olival alentejano foi feita por espanhóis que laboram o produto nos lagares da Andaluzia, esta nova oportunidade de escoamento poderá também assumir o efeito de deslocação para território nacional uma boa parte dos lagares e para a vinha originar uma mais determinada reivindicação na possibilidade de alargamento da área vitícola nacional.
3- Também a nossa dependência e custo das importações sai fortemente atenuada, porquanto a nossa reserva alimentar estratégica será fortemente beneficiada uma vez que passamos a não depender quase exclusivamente do transporte terrestre através dos Pirenéus e nos garante uma outra capacidade negocial com muitos outros países, para além do continente europeu.
É claro que esta mudança radical não é salientada, nem sequer entendida como essencial no quadro do debate político nacional…a mediocridade e traição dos agentes políticos mais influentes assim o determina e a mediocridade da generalidade dos nossos comentadores ao seu serviço assim estabelece.
Pela minha parte fico obrigado a Álvaro Santos Pereira e ao facto de ter atravessado o Atlântico e ter meditado sobre o que este oceano pode e deve vir de novo a nos oferecer, se formos inteligentes e patriotas.
José J. Lima Monteiro Andrade
Ao longo destes 36 anos, a politica desprezou a indispensabilidade de encarar as potencialidades de Portugal no mundo moderno e globalizado. Restringimos as nossas preocupações ao nível da distribuição de rendimentos e das regalias sociais, sem cuidar de as preservar no futuro através do pensamento estratégico de desenvolvimento.
Acreditamos numa ilusão… que pertenceríamos a uma Europa, capaz de garantir o nosso sonho de bem-estar, o nosso novo-riquismo, as nossas necessidades alimentares e a nossa ansiedade consumista crescente.
Esta cegueira de visão estratégica foi fatal para Portugal.
Hoje já se reconhecem os gravíssimos erros cometidos na definição de aplicação dos fundos estruturais que beneficiamos com a nossa adesão à Comunidade Económica Europeia.
Uma boa parte do território nacional (interior) em desertificação ambiental, social e económica galopante, auto-estradas sem rentabilidade possível porque carecem de utentes, escolas abandonadas e novas escolas com despesas de funcionamento e conservação incompatíveis com a melhoria do serviço que as justificaram, hospitais e centros de saúde ingeríveis no aspecto financeiro e na prestação do serviço essencial.
Erramos, porque fomos incapazes de ter pensamento estratégico autónomo, assumindo esse drama de que pertencíamos já a uma outra Nação…como se fosse possível haver uma Nação sem um povo identificado com o novo projecto, homogéneo na sua identidade.
Erramos, porque não pensamos por nós, porque fomos na canção do bandido de uns quantos apátridas.
Assim não o fizeram outros povos, do mesmo projecto…por isso está aí claro, também hoje, a dominância Alemã de novo na Europa, com o suporte subserviente da França.
Acabamos, nesta vergonhosa intervenção externa, que nos vai obrigar a mudar radicalmente de vida e de políticas, sem que tenhamos sequer a possibilidade de pestanejar.
Que esta lição, nos conduza de novo a pensar por nós próprios e nos mobilize a encontrar os projectos e os desígnios que preservem a nossa capacidade de nos auto-governar.
Há sinais de que assim vai ser.
Curiosamente esses sinais não são valorizados na Comunicação Social, apenas ávida da promoção da luta partidária como forma de manter o sistema pelo entretenimento emocional do povo.
O novo ministro da economia, Álvaro Santos Pereira, passa por ser a maior decepção perante as expectativas face ao governo, na perspectiva banal dos analistas políticos da nossa praça…mas é a ele que se deve a primeira alteração substancial na estratégia macro económica, que pode indiciar a viabilidade do nosso futuro.
Trata-se da mudança de agulha nos projectos do TGV e da utilização ferroviária e portuária na sua função decisiva de fomento económico.
A União Europeia já aceitou e garantiu que os fundos previstos serão utilizados para construção de uma via ferroviária mista (pessoas e mercadorias) Sines-Caia, com bitola europeia. Uma importantíssima vitória nacional e uma derrota do centralismo Castelhano de Madrid.
Falta ainda ganhar a segunda batalha. Que a linha que segue de Madrid para França também tenha a mesma bitola…mas agora temos novos aliados para essa guerra…a Catalães e Bascos também convém esta solução.
O porto de Sines passará a ser um importantíssimo pólo de desenvolvimento nacional, por três razões essenciais.
1- Porque passará a ser um porto determinante de importações e exportações de mercadorias do Atlântico e não apenas de acesso de produtos petrolíferos, passando assim para a ser um espaço intermodal de referência nacional, peninsular e europeia.
2- Vinhos e Azeites do Alentejo, passarão a beneficiar de novos mercados (países lusófonos e emigração portuguesa) de uma nova capacidade de competição pelo benefício de terem este espaço de escoamento muito menos oneroso dos custos de transporte e colocação no mercado mundial…dado que muita da reestruturação do olival alentejano foi feita por espanhóis que laboram o produto nos lagares da Andaluzia, esta nova oportunidade de escoamento poderá também assumir o efeito de deslocação para território nacional uma boa parte dos lagares e para a vinha originar uma mais determinada reivindicação na possibilidade de alargamento da área vitícola nacional.
3- Também a nossa dependência e custo das importações sai fortemente atenuada, porquanto a nossa reserva alimentar estratégica será fortemente beneficiada uma vez que passamos a não depender quase exclusivamente do transporte terrestre através dos Pirenéus e nos garante uma outra capacidade negocial com muitos outros países, para além do continente europeu.
É claro que esta mudança radical não é salientada, nem sequer entendida como essencial no quadro do debate político nacional…a mediocridade e traição dos agentes políticos mais influentes assim o determina e a mediocridade da generalidade dos nossos comentadores ao seu serviço assim estabelece.
Pela minha parte fico obrigado a Álvaro Santos Pereira e ao facto de ter atravessado o Atlântico e ter meditado sobre o que este oceano pode e deve vir de novo a nos oferecer, se formos inteligentes e patriotas.
José J. Lima Monteiro Andrade
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
A História repete-se. Será? Então haja esperança, motivação e determinação.
Em 1578, D. Sebastião animado pela sua campanha de Tanger (1574) decide dar resposta aos apelos das Cortes para travar a dominância do Império Otomano no Norte de África e assim defender as nossas Praças comerciais. Ouve muitas vozes contra a campanha de D. Sebastião.
Em 1974, o Estado Novo mantinha há mais de dez anos uma campanha militar em África, para travar a influência do Império Soviético nos territórios ultramarinos portugueses. Havia também vozes de protesto contra a determinação nacional em defender os seus interesses e contra a sua opção estratégica ocidental, no quadro da guerra fria.
D. Sebastião morre em Alcácer Quibir, morrem muitos nobres que constituíam a nata do nosso exército e ficamos depauperados com os resgates que tivemos de pagar pelos sobreviventes.
Em 1975, Portugal entrega os seus territórios ultramarinos às forças de influência soviéticas e o nosso exército sofre uma derrota política humilhante, que coloca as chefias na prateleira. Também ficamos depauperados pela necessidade de receber (mesmo sem dignidade) os nossos compatriotas retornados.
Ter participado na derrota de Alcácer Quibir foi humilhante para os que voltaram, como foi humilhante para os retornados a forma como tiveram de fugir e ser recebidos no continente.
Em 1580 com um Cardeal Rei moribundo e hesitante, estávamos sem norte, sem dinheiro e sem desígnio. O nosso Império era cobiçado.
Em 1975, o General Spínola, rotulado de traidor e hesitante, estávamos sem norte, sem dinheiro e sem desígnio. O nosso Império tinha terminado.
Cristovão de Moura foi a personalidade política que ao serviço de Filipe II, conseguiu comprar e impor um novo sonho, numa elite desorientada, através da ilusão de passarmos a pertencer ao Império dos Habsburgos.
Mario Soares, ao serviço da Internacional Socialista, consegue o mesmo, através do sonho europeu e transforma-se no político eminente do Portugal pós revolucionário em 1975.
Em 1580, passamos a pertencer ao Império europeu dos Habsburgos.
Em 1985 passamos a pertencer á Comunidade Económica Europeia.
O populismo nacionalista de António Prior do Crato foi derrotado pela intriga religiosa católica, que o conotou com os inimigos anglicanos seus apoiantes. Os seus “amigos” não o acompanharam quando desembarcou em Peniche, para cercar Lisboa, onde teria apoio de uma armada britânica comandada por Drake.
O populismo de Sá Carneiro, resistiu às tentativas maçónicas de conotação e rotulagens diversas, mas não resistiu ao assassinato.
Duas formas, muito comuns na história de Portugal de travar as popularidades e as suas dinâmicas, quando não seguem os ventos dos interesses dos dominantes europeus.
As promessas de Filipe II feitas nas Cortes de Tomar, foram sendo esquecidas nos reinados seguintes e as vantagens oferecidas aos nobres portugueses, transformaram-se em obrigações de sacrifício. A ilusão europeia de passar a pertencer a um grande e rico Império familiar, que silenciou o povo apesar da sua descrença, também passou a pesadelo através das exigências de progressivos aumentos do pagamento de impostos para a preservação da luxúria e do poder.
As promessas dos Fundos Estruturais e as ilusões de pertencermos a uma sociedade rica e de bem-estar, também começaram progressivamente a desvanecer-se, quando a União Europeia nos passou a exigir comedimento perante os nossos excessos de despesismo e desbarato dos dinheiros públicos.
Portugal europeu do início do século XV, passou a ser um contribuinte líquido do Império dos Habsburgos. Portugal europeu do início do século XXI, também passou a contribuinte líquido. Há 400 anos ainda foi preservada a nossa moeda, hoje já não temos esse instrumento de soberania política.
O aumento dos impostos, estiveram na origem da revolta do Manuelinho ou Alterações de Évora de 1637, que se expandiram por todo o país e são o rastilho que levou à Restauração de 1640. Foi o grito de “Basta” do povo, que nunca sentira vontade, nem afinidade perante uma dinâmica que o empobrecia. Os Nobres agora obrigados a servir nos exércitos dos Habsburgos e perante o evidente desmoronamento do seu Império, sentiram que havia chegada a hora de restabelecer a independência.
O actual desmesurado aumento da carga fiscal está a destruir também agora, toda uma classe média, que é o suporte da nossa sociedade. Sectores empresariais foram sacrificados pela política europeia…a Agricultura, as Pescas, a Construção Naval, o pequeno Comercio, a pequena Industria, numa dinâmica profundamente errada que partia da premissa de que pertencíamos a uma União Política, que nos forneceria todas as nossas necessidades e nos poderia dispensar desse trabalho produtivo.
A crise Europeia anuncia o desmoronamento do seu projecto Federalista.
A tomada de consciência popular sobre as consequências da perda de soberania nacional está a começar a generalizar-se …. as “Alterações”, poderão surgir quando também se começar a entender que temos mais afinidades culturais e afectivas na América do Sul, em África e até na Ásia, do que na Europa a que afinal nunca pertencemos por vontade própria.
Nunca poderemos mudar a nossa situação geográfica privilegiada de porta de entrada e saída da Europa, por isso nunca poderemos abdicar de compromissos com os seus povos e as suas Nações, mas isso não pode levar a que esqueçamos as nossas afinidades naturais, históricas e afectivas e a desperdiçar as oportunidades de riqueza que no futuro isso nos poderá proporcionar.
O domínio Filipino levou a perda de muito património ultramarino nacional…ficou porém o suficiente para preservarmos uma Nação e até para usufruir de momentos de riqueza.
A descolonização não apagou a viabilidade de uma nova forma de recuperação do nosso protagonismo em associação com os países de língua e cultura lusófona.
É que hoje o domínio administrativo sobre os territórios não é determinante para a obtenção de riqueza nacional…bem mais importante será a afinidade cultural/afectiva e a nossa capacidade de a usar.
Será que a história se vai repetir?
Viva Portugal independente e soberano.
José J. Lima Monteiro Andrade
Em 1974, o Estado Novo mantinha há mais de dez anos uma campanha militar em África, para travar a influência do Império Soviético nos territórios ultramarinos portugueses. Havia também vozes de protesto contra a determinação nacional em defender os seus interesses e contra a sua opção estratégica ocidental, no quadro da guerra fria.
D. Sebastião morre em Alcácer Quibir, morrem muitos nobres que constituíam a nata do nosso exército e ficamos depauperados com os resgates que tivemos de pagar pelos sobreviventes.
Em 1975, Portugal entrega os seus territórios ultramarinos às forças de influência soviéticas e o nosso exército sofre uma derrota política humilhante, que coloca as chefias na prateleira. Também ficamos depauperados pela necessidade de receber (mesmo sem dignidade) os nossos compatriotas retornados.
Ter participado na derrota de Alcácer Quibir foi humilhante para os que voltaram, como foi humilhante para os retornados a forma como tiveram de fugir e ser recebidos no continente.
Em 1580 com um Cardeal Rei moribundo e hesitante, estávamos sem norte, sem dinheiro e sem desígnio. O nosso Império era cobiçado.
Em 1975, o General Spínola, rotulado de traidor e hesitante, estávamos sem norte, sem dinheiro e sem desígnio. O nosso Império tinha terminado.
Cristovão de Moura foi a personalidade política que ao serviço de Filipe II, conseguiu comprar e impor um novo sonho, numa elite desorientada, através da ilusão de passarmos a pertencer ao Império dos Habsburgos.
Mario Soares, ao serviço da Internacional Socialista, consegue o mesmo, através do sonho europeu e transforma-se no político eminente do Portugal pós revolucionário em 1975.
Em 1580, passamos a pertencer ao Império europeu dos Habsburgos.
Em 1985 passamos a pertencer á Comunidade Económica Europeia.
O populismo nacionalista de António Prior do Crato foi derrotado pela intriga religiosa católica, que o conotou com os inimigos anglicanos seus apoiantes. Os seus “amigos” não o acompanharam quando desembarcou em Peniche, para cercar Lisboa, onde teria apoio de uma armada britânica comandada por Drake.
O populismo de Sá Carneiro, resistiu às tentativas maçónicas de conotação e rotulagens diversas, mas não resistiu ao assassinato.
Duas formas, muito comuns na história de Portugal de travar as popularidades e as suas dinâmicas, quando não seguem os ventos dos interesses dos dominantes europeus.
As promessas de Filipe II feitas nas Cortes de Tomar, foram sendo esquecidas nos reinados seguintes e as vantagens oferecidas aos nobres portugueses, transformaram-se em obrigações de sacrifício. A ilusão europeia de passar a pertencer a um grande e rico Império familiar, que silenciou o povo apesar da sua descrença, também passou a pesadelo através das exigências de progressivos aumentos do pagamento de impostos para a preservação da luxúria e do poder.
As promessas dos Fundos Estruturais e as ilusões de pertencermos a uma sociedade rica e de bem-estar, também começaram progressivamente a desvanecer-se, quando a União Europeia nos passou a exigir comedimento perante os nossos excessos de despesismo e desbarato dos dinheiros públicos.
Portugal europeu do início do século XV, passou a ser um contribuinte líquido do Império dos Habsburgos. Portugal europeu do início do século XXI, também passou a contribuinte líquido. Há 400 anos ainda foi preservada a nossa moeda, hoje já não temos esse instrumento de soberania política.
O aumento dos impostos, estiveram na origem da revolta do Manuelinho ou Alterações de Évora de 1637, que se expandiram por todo o país e são o rastilho que levou à Restauração de 1640. Foi o grito de “Basta” do povo, que nunca sentira vontade, nem afinidade perante uma dinâmica que o empobrecia. Os Nobres agora obrigados a servir nos exércitos dos Habsburgos e perante o evidente desmoronamento do seu Império, sentiram que havia chegada a hora de restabelecer a independência.
O actual desmesurado aumento da carga fiscal está a destruir também agora, toda uma classe média, que é o suporte da nossa sociedade. Sectores empresariais foram sacrificados pela política europeia…a Agricultura, as Pescas, a Construção Naval, o pequeno Comercio, a pequena Industria, numa dinâmica profundamente errada que partia da premissa de que pertencíamos a uma União Política, que nos forneceria todas as nossas necessidades e nos poderia dispensar desse trabalho produtivo.
A crise Europeia anuncia o desmoronamento do seu projecto Federalista.
A tomada de consciência popular sobre as consequências da perda de soberania nacional está a começar a generalizar-se …. as “Alterações”, poderão surgir quando também se começar a entender que temos mais afinidades culturais e afectivas na América do Sul, em África e até na Ásia, do que na Europa a que afinal nunca pertencemos por vontade própria.
Nunca poderemos mudar a nossa situação geográfica privilegiada de porta de entrada e saída da Europa, por isso nunca poderemos abdicar de compromissos com os seus povos e as suas Nações, mas isso não pode levar a que esqueçamos as nossas afinidades naturais, históricas e afectivas e a desperdiçar as oportunidades de riqueza que no futuro isso nos poderá proporcionar.
O domínio Filipino levou a perda de muito património ultramarino nacional…ficou porém o suficiente para preservarmos uma Nação e até para usufruir de momentos de riqueza.
A descolonização não apagou a viabilidade de uma nova forma de recuperação do nosso protagonismo em associação com os países de língua e cultura lusófona.
É que hoje o domínio administrativo sobre os territórios não é determinante para a obtenção de riqueza nacional…bem mais importante será a afinidade cultural/afectiva e a nossa capacidade de a usar.
Será que a história se vai repetir?
Viva Portugal independente e soberano.
José J. Lima Monteiro Andrade
terça-feira, 11 de outubro de 2011
O novo paradigma
Aos políticos exige-se a capacidade de encontrar soluções sustentáveis e não desculpas.
A crise tem sido a desculpa, utilizada sistematicamente pelos políticos para branquear a sua incapacidade e a sua inconsciência cívica.
A crise não é passageira, é uma realidade da economia global onde nos integraram, porventura inconscientemente.
A crise perdurará, pois a economia global é por natureza instável e os paradigmas da economia de bem-estar ou dos Estados previdência estão desadaptados a essa nova circunstância.
As ideologias do passado ainda dominam os partidos políticos, que não entendem, nem assumem esta realidade de exigência. As políticas e as empresas terão de ser flexíveis de forma a conseguirem conviver com as inevitáveis crises.
Os partidos políticos são dominados por uma corte de personalidades, que próximos do poder auferem privilégios e favorecem a corrupção, constituindo a maior força de resistência à mudança de paradigma social e político.
Os actuais partidos políticos com assento parlamentar são por estas duas razões os grandes obstáculos à mudança indispensável. As verdadeiras forças da reacção.
Os que são arautos do esquerdismo, fixam-se na defesa dos direitos adquiridos (em época do desenvolvimento ilusório) e na defesa da luta contra a precariedade, que é a antítese da flexibilidade indispensável à vivencia económica do século XXI.
Os partidos da área do poder, reféns das suas cortes interesseiras e corruptas dificilmente conseguem ultrapassar o lamentável estádio de cedência a interesses internos ou externos e inviabilizam sistematicamente o surgimento do rigor, da clarividência, do bom senso, do desígnio e projecto nacional mobilizador.
O Presidente da República surge como símbolo deste regime caduco e incapaz de assumir a sua indispensável regeneração.
Não é referência credível e não tem estatuto humano, social e cultural, que origine a respeitabilidade generalizada dos portugueses.
Eleito irregularmente por uma minoria da população, que pela via eleitoral claramente denunciou que não acredita no regime, o senhor Presidente da Republica demonstra toda a sua mediocridade na sua afirmação política, na sua nova ansiedade de intervenção com que quer marcar este seu segundo mandato.
Os seus discursos e intervenções são delirantes de generalidades e imprecisões, de incapacidade mobilizadora.
“Temos de viver de acordo com as nossas capacidades”…não sr. Presidente, o Estado não pode gastar acima das suas receitas (como se, o seu silêncio durante cinco anos não tivesse sido uma conivência dramática)…”temos de exportar mais e importar menos”…como? Senhor Presidente diga-nos como, pois a sua politica de destruição do tecido industrial, comercial, agrícola e marítimo nacional, foi determinante para esta situação de dependência externa.
Estas banalidades e generalidades são o refúgio do medíocre, que na sua arrogância desculpabilizante assume na plenitude o simbolismo de um regime incapaz de se reafirmar pela mudança. Mudança, que parcialmente nos impõem agora através do vergonhoso “resgate” a que a incompetência política nos conduziu, mas que será insuficiente se a sociedade portuguesa não se assumir num novo protagonismo de exigência.
A mentalidade dos nossos políticos e os interesses particulares da oligarquia governante chocam hoje já claramente com uma nova mentalidade que começa a surgir através da juventude herdeira da crise.
A luta de classes é agora encarada como o grande erro…as empresas terão de ser equipes homogéneas e motivadas para sobreviverem. A cultura da solidariedade nos processos produtivos e da emoção pelos resultados, terá de constituir a premissa essencial do aumento da nossa produtividade empresarial.
Direitos e obrigações terão de ser reequilibrados e passar a constituir uma nova mentalidade colectiva… o trabalho é um direito (cada vez mais um privilégio), interligado à obrigação do cumprimento rigoroso do contributo individual, para a máxima capacidade produtiva.
A geração que agora procura entrar no mercado de trabalho não quer ser ingrata para com seus progenitores, mas sente que tem melhores qualificações e que está bloqueada…a sua atitude não pode ser a de uma luta inter-geracional, mas exige uma oportunidade no país onde nasceu e que felizmente ama.
Por isso é com orgulho que finalmente vejo chegar à opinião pública uma nova mensagem protagonizada por esta juventude…. Sentimo-nos preparados para contribuir para ajudar Portugal, somos a geração mais qualificada da nossa história, sabemos que temos de trabalhar mais, com mais rigor, maior empenhamento, mais horas e até mais anos, porque só assim asseguraremos o rendimento nacional e a possibilidade de nossos progenitores terem reformas dignas, saúde pública e nossos filhos educação conveniente…dêem-nos a oportunidade de contribuir para salvar Portugal.
Gostei de ouvir esta nova postura.
O país não é o Estado, ao Estado compete a mobilização do país e essa é uma mudança essencial…é preciso libertar a sociedade civil para que o caminho do desenvolvimento aconteça.
Estes jovens merecem a resposta conveniente… a profunda reforma do Estado, do regime e do sistema.
Mudança de paradigma é o que exige a nossa juventude…um projecto nacional, pois temos matéria humana e muitas potencialidades…se deixarmos de olhar apenas para o continente e voltarmos a olhar para outros horizontes e soubermos escutar o coração dos portugueses.
José J. Lima Monteiro Andrade
A crise tem sido a desculpa, utilizada sistematicamente pelos políticos para branquear a sua incapacidade e a sua inconsciência cívica.
A crise não é passageira, é uma realidade da economia global onde nos integraram, porventura inconscientemente.
A crise perdurará, pois a economia global é por natureza instável e os paradigmas da economia de bem-estar ou dos Estados previdência estão desadaptados a essa nova circunstância.
As ideologias do passado ainda dominam os partidos políticos, que não entendem, nem assumem esta realidade de exigência. As políticas e as empresas terão de ser flexíveis de forma a conseguirem conviver com as inevitáveis crises.
Os partidos políticos são dominados por uma corte de personalidades, que próximos do poder auferem privilégios e favorecem a corrupção, constituindo a maior força de resistência à mudança de paradigma social e político.
Os actuais partidos políticos com assento parlamentar são por estas duas razões os grandes obstáculos à mudança indispensável. As verdadeiras forças da reacção.
Os que são arautos do esquerdismo, fixam-se na defesa dos direitos adquiridos (em época do desenvolvimento ilusório) e na defesa da luta contra a precariedade, que é a antítese da flexibilidade indispensável à vivencia económica do século XXI.
Os partidos da área do poder, reféns das suas cortes interesseiras e corruptas dificilmente conseguem ultrapassar o lamentável estádio de cedência a interesses internos ou externos e inviabilizam sistematicamente o surgimento do rigor, da clarividência, do bom senso, do desígnio e projecto nacional mobilizador.
O Presidente da República surge como símbolo deste regime caduco e incapaz de assumir a sua indispensável regeneração.
Não é referência credível e não tem estatuto humano, social e cultural, que origine a respeitabilidade generalizada dos portugueses.
Eleito irregularmente por uma minoria da população, que pela via eleitoral claramente denunciou que não acredita no regime, o senhor Presidente da Republica demonstra toda a sua mediocridade na sua afirmação política, na sua nova ansiedade de intervenção com que quer marcar este seu segundo mandato.
Os seus discursos e intervenções são delirantes de generalidades e imprecisões, de incapacidade mobilizadora.
“Temos de viver de acordo com as nossas capacidades”…não sr. Presidente, o Estado não pode gastar acima das suas receitas (como se, o seu silêncio durante cinco anos não tivesse sido uma conivência dramática)…”temos de exportar mais e importar menos”…como? Senhor Presidente diga-nos como, pois a sua politica de destruição do tecido industrial, comercial, agrícola e marítimo nacional, foi determinante para esta situação de dependência externa.
Estas banalidades e generalidades são o refúgio do medíocre, que na sua arrogância desculpabilizante assume na plenitude o simbolismo de um regime incapaz de se reafirmar pela mudança. Mudança, que parcialmente nos impõem agora através do vergonhoso “resgate” a que a incompetência política nos conduziu, mas que será insuficiente se a sociedade portuguesa não se assumir num novo protagonismo de exigência.
A mentalidade dos nossos políticos e os interesses particulares da oligarquia governante chocam hoje já claramente com uma nova mentalidade que começa a surgir através da juventude herdeira da crise.
A luta de classes é agora encarada como o grande erro…as empresas terão de ser equipes homogéneas e motivadas para sobreviverem. A cultura da solidariedade nos processos produtivos e da emoção pelos resultados, terá de constituir a premissa essencial do aumento da nossa produtividade empresarial.
Direitos e obrigações terão de ser reequilibrados e passar a constituir uma nova mentalidade colectiva… o trabalho é um direito (cada vez mais um privilégio), interligado à obrigação do cumprimento rigoroso do contributo individual, para a máxima capacidade produtiva.
A geração que agora procura entrar no mercado de trabalho não quer ser ingrata para com seus progenitores, mas sente que tem melhores qualificações e que está bloqueada…a sua atitude não pode ser a de uma luta inter-geracional, mas exige uma oportunidade no país onde nasceu e que felizmente ama.
Por isso é com orgulho que finalmente vejo chegar à opinião pública uma nova mensagem protagonizada por esta juventude…. Sentimo-nos preparados para contribuir para ajudar Portugal, somos a geração mais qualificada da nossa história, sabemos que temos de trabalhar mais, com mais rigor, maior empenhamento, mais horas e até mais anos, porque só assim asseguraremos o rendimento nacional e a possibilidade de nossos progenitores terem reformas dignas, saúde pública e nossos filhos educação conveniente…dêem-nos a oportunidade de contribuir para salvar Portugal.
Gostei de ouvir esta nova postura.
O país não é o Estado, ao Estado compete a mobilização do país e essa é uma mudança essencial…é preciso libertar a sociedade civil para que o caminho do desenvolvimento aconteça.
Estes jovens merecem a resposta conveniente… a profunda reforma do Estado, do regime e do sistema.
Mudança de paradigma é o que exige a nossa juventude…um projecto nacional, pois temos matéria humana e muitas potencialidades…se deixarmos de olhar apenas para o continente e voltarmos a olhar para outros horizontes e soubermos escutar o coração dos portugueses.
José J. Lima Monteiro Andrade
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Saber entender o eleitorado, uma questão essencial.
Fazer uma leitura correcta dos resultados eleitorais, é determinante para a credibilidade da uma democracia.
Nas eleições legislativas de 2009, a errada leitura do Presidente da República penalizou Portugal e os portugueses, conduziu o país a uma situação de bancarrota, que nos obrigou à humilhação do pedido de resgate da nossa dívida externa.
Cavaco Silva, conhecedor da situação difícil que já encarávamos, não teve coragem ou independência, para colocar o interesse nacional como factor prioritário da análise dos resultados então obtidos e deu posse a um Governo minoritário, que nos foi fatal.
Porventura seguiu os conselhos e influências partidárias, numa demonstração de dependência evidente, que é uma constante nos regimes republicanos.
A leitura era evidente… o eleitorado tinha retirado a maioria absoluta a Sócrates e ao seu PS e o país, precisava de reforçar a sua credibilidade externa … a exigência que o PR de hoje faz, de um governo de maioria, não foi feita em 2009 e por consequência Cavaco Silva, partilha as responsabilidades de dois anos de desgoverno com a 1º Ministro agora afastado, por vontade expressa do eleitorado português.
Passo Coelho terá também de saber entender o significado prioritário do sentido de voto dos portugueses.
Houve um seu compromisso que claramente foi rejeitado pelos eleitores e por consequência será o seu primeiro grande teste de liderança política … saber reconhecer que na sua vitória, houve uma derrota particular, que está muito bem identificada nos resultados eleitorais pelo círculo de Lisboa.
O compromisso de eleger Fernando Nobre para Presidente da Assembleia da Republica (em consequência da negociação de este ser o cabeça de lista por Lisboa), originou o pior resultado distrital do PSD, a maior subida do CDS, destoando de toda a dinâmica nacional e este fenómeno só pode ser directamente imputado ao Nobre “fenómeno”.
A inclusão de Dr. Fernando Nobre nas listas do PSD, foi clarificada pelo próprio ao confirmar a sua ligação maçónica.
O CDS logo veio salientar o erro do PSD, afirmando que uma eleição para Presidente da Assembleia da Republica é um acto político da exclusiva competência dos deputados eleitos e dando assim a entender que nunca seria fácil a sua aceitação desse compromisso de Passos Coelho.
A questão não deixará de estar em cima da mesa das negociações do acordo parlamentar e de governo entre os dois partidos.
Esta questão assume assim uma importância enorme, pois será o primeiro sinal conhecido da capacidade de liderança de Passos Coelho.
Que ele seja capaz de entender o eleitorado e a confiança que este nele depositou…a mensagem é clara.
O eleitorado do círculo de Lisboa deu uma indicação inequívoca.
Seria muito bom para Portugal, que nesta primeira situação, pois a eleição do Presidente da Assembleia, será previa hà aprovação do programa de governo, que o novo 1º Ministro demonstrasse que sabe entender os portugueses e respeitar a sua vontade.
José J. Lima Monteiro Andrade
Nas eleições legislativas de 2009, a errada leitura do Presidente da República penalizou Portugal e os portugueses, conduziu o país a uma situação de bancarrota, que nos obrigou à humilhação do pedido de resgate da nossa dívida externa.
Cavaco Silva, conhecedor da situação difícil que já encarávamos, não teve coragem ou independência, para colocar o interesse nacional como factor prioritário da análise dos resultados então obtidos e deu posse a um Governo minoritário, que nos foi fatal.
Porventura seguiu os conselhos e influências partidárias, numa demonstração de dependência evidente, que é uma constante nos regimes republicanos.
A leitura era evidente… o eleitorado tinha retirado a maioria absoluta a Sócrates e ao seu PS e o país, precisava de reforçar a sua credibilidade externa … a exigência que o PR de hoje faz, de um governo de maioria, não foi feita em 2009 e por consequência Cavaco Silva, partilha as responsabilidades de dois anos de desgoverno com a 1º Ministro agora afastado, por vontade expressa do eleitorado português.
Passo Coelho terá também de saber entender o significado prioritário do sentido de voto dos portugueses.
Houve um seu compromisso que claramente foi rejeitado pelos eleitores e por consequência será o seu primeiro grande teste de liderança política … saber reconhecer que na sua vitória, houve uma derrota particular, que está muito bem identificada nos resultados eleitorais pelo círculo de Lisboa.
O compromisso de eleger Fernando Nobre para Presidente da Assembleia da Republica (em consequência da negociação de este ser o cabeça de lista por Lisboa), originou o pior resultado distrital do PSD, a maior subida do CDS, destoando de toda a dinâmica nacional e este fenómeno só pode ser directamente imputado ao Nobre “fenómeno”.
A inclusão de Dr. Fernando Nobre nas listas do PSD, foi clarificada pelo próprio ao confirmar a sua ligação maçónica.
O CDS logo veio salientar o erro do PSD, afirmando que uma eleição para Presidente da Assembleia da Republica é um acto político da exclusiva competência dos deputados eleitos e dando assim a entender que nunca seria fácil a sua aceitação desse compromisso de Passos Coelho.
A questão não deixará de estar em cima da mesa das negociações do acordo parlamentar e de governo entre os dois partidos.
Esta questão assume assim uma importância enorme, pois será o primeiro sinal conhecido da capacidade de liderança de Passos Coelho.
Que ele seja capaz de entender o eleitorado e a confiança que este nele depositou…a mensagem é clara.
O eleitorado do círculo de Lisboa deu uma indicação inequívoca.
Seria muito bom para Portugal, que nesta primeira situação, pois a eleição do Presidente da Assembleia, será previa hà aprovação do programa de governo, que o novo 1º Ministro demonstrasse que sabe entender os portugueses e respeitar a sua vontade.
José J. Lima Monteiro Andrade
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Síntese de reflexões pós eleitorais…há uma democracia a regenerar e uma Nação a preservar.
Os resultados eleitorais deixam-nos mensagens claras, que não poderemos deixar cair no esquecimento e que nos impõem uma reflexão profunda.
O contexto emocional e político, que esteve subjacente a estas eleições, representa uma forte condicionante à liberdade de escolha e de opinião, que caracteriza o actual sistema político e ainda mais acentuado pela circunstância anormal de ter sido realizado após uma negociação de resgate financeiro nacional.
O deficit ou asfixia democrática, foram assim uma forte condicionante e tiveram naturalmente consequências nos resultados. O sistema está totalmente manipulado pelos partidos com representação parlamentar e a igualdade de oportunidades entre as forças políticas, nem sequer é uma ilusão, mas um princípio acintosamente desprezado.
Mas para os que não se resignam perante este quadro e se enquadram na ansiedade de alterar profundamente este quadro de limitações à liberdade e á democracia há nestes resultados eleitorais algumas questões que merecem aprofundada análise:
1- Sujeitos a uma manipulação sem precedentes, através da comunicação social dominada pelo governo, os portugueses acabaram por dar uma lição de bom senso e de lucidez, penalizando fortemente os responsáveis e derrotando irremediavelmente Sócrates e a sua arrogância política pessoal. O eleitorado português está cada vez mais consciente e muito menos dependente e esse caminho de exigência de respeito pela transparência e verdade, representa um facto político determinante para o futuro.
2- Conscientes da insolvência de um Estado ao serviço dos interesses particulares, partidários, empresariais, financeiros ou pessoais, infiltrado pela promiscuidade generalizada e pela corrupção facilitada, os portugueses manifestaram uma inquestionável exigência de mudança. O sentido e o alcance dessa mudança, constituirá o factor decisivo, que proporcionará ou estabilidade e consistência governativa ou pelo contrário, a emergência de fortes convulsões sociais.
3- A forte dinâmica abstencionista representa, apesar de estar empolada ficticiamente pela desactualização dos cadernos eleitorais, uma fortíssima força de descrença pelo sistema, pela classe política dominante e por esse facto um apelo colectivo de alteração profunda do actual sistema político.
4- O anátema psicológico do confronto ideológico artificial entre “esquerda e direita” foi ultrapassado por uma parte significativa do eleitorado. A principal novidade política alcançada por estas eleições (a chamada maioria Presidencial/Governativa de direita) representa o avanço de um estádio de libertação do eleitorado. Este fenómeno poderá constituir uma forte dinâmica política de libertação e consequente apetência para novas ideias, novas ideologias e novos projectos.
5- O clubismo político, que é expresso por uma forte votação tradicional (até irracional), que está claramente expressa na generalidade dos partidos com expressão parlamentar, que resiste por atitude reaccionária a todas as evidências de indispensabilidade de mudança, representa ainda, comprovadamente por estes resultados eleitorais, uma forte dinâmica de resistência à indispensável abertura à possibilidade de alterações ao actual sistema político, sendo factor decisivo para a preservação de uma partidocracia dominante e dominadora.
6- A comprovada incapacidade, dos chamados pequenos partidos conseguirem ultrapassar a circunstância de inacessibilidade parlamentar, é uma demonstração inequívoca da total limitação democrática do actual sistema político.
7- As eleições legislativas acentuaram ao extremo, a personalização da exclusividade de opção de escolha, entre dirigentes dos partidos. Não se debatem, nem se escolhem programas, ignoram-se, omitem-se e desprezam-se candidatos a deputados…as eleições passaram assim a ser uma escolha de governos e não de representantes. O deputado é assim totalmente secundarizado, logo passa a ser impossível a sua responsabilização. Os próprios partidos políticos passam também a ser subalternizados, porque muito mais dependentes da força eleitoral dos seus lideres…acentuou-se assim a dependência do eleitorado perante os directórios dos partidos e perante as personalidades e carácter dos dirigentes. É a dinâmica da personalização da partidocracia que saiu fortemente reforçada.
8- Os três partidos filiados em internacionais e dependentes do exterior, subscritores do acordo de resgate nacional, representam eleitoralmente mais de 75% do eleitorado. Esta é a verdadeira medida da dependência externa em que nos deixamos envolver.
Porventura haverá outras questões importantes diferentes das que assinalei. Mas sobre estas não tenho quais dúvidas que deveremos reflectir profundamente…se queremos preservar a nossa liberdade, regenerar a democracia nacional e preservar um futuro colectivo dentro do nosso direito à independência e num quadro de soberania nacional que nos garanta a possibilidade de termos direito à diferenciação de ser portugueses e termos orgulho no que somos.
José J. Lima Monteiro Andrade
O contexto emocional e político, que esteve subjacente a estas eleições, representa uma forte condicionante à liberdade de escolha e de opinião, que caracteriza o actual sistema político e ainda mais acentuado pela circunstância anormal de ter sido realizado após uma negociação de resgate financeiro nacional.
O deficit ou asfixia democrática, foram assim uma forte condicionante e tiveram naturalmente consequências nos resultados. O sistema está totalmente manipulado pelos partidos com representação parlamentar e a igualdade de oportunidades entre as forças políticas, nem sequer é uma ilusão, mas um princípio acintosamente desprezado.
Mas para os que não se resignam perante este quadro e se enquadram na ansiedade de alterar profundamente este quadro de limitações à liberdade e á democracia há nestes resultados eleitorais algumas questões que merecem aprofundada análise:
1- Sujeitos a uma manipulação sem precedentes, através da comunicação social dominada pelo governo, os portugueses acabaram por dar uma lição de bom senso e de lucidez, penalizando fortemente os responsáveis e derrotando irremediavelmente Sócrates e a sua arrogância política pessoal. O eleitorado português está cada vez mais consciente e muito menos dependente e esse caminho de exigência de respeito pela transparência e verdade, representa um facto político determinante para o futuro.
2- Conscientes da insolvência de um Estado ao serviço dos interesses particulares, partidários, empresariais, financeiros ou pessoais, infiltrado pela promiscuidade generalizada e pela corrupção facilitada, os portugueses manifestaram uma inquestionável exigência de mudança. O sentido e o alcance dessa mudança, constituirá o factor decisivo, que proporcionará ou estabilidade e consistência governativa ou pelo contrário, a emergência de fortes convulsões sociais.
3- A forte dinâmica abstencionista representa, apesar de estar empolada ficticiamente pela desactualização dos cadernos eleitorais, uma fortíssima força de descrença pelo sistema, pela classe política dominante e por esse facto um apelo colectivo de alteração profunda do actual sistema político.
4- O anátema psicológico do confronto ideológico artificial entre “esquerda e direita” foi ultrapassado por uma parte significativa do eleitorado. A principal novidade política alcançada por estas eleições (a chamada maioria Presidencial/Governativa de direita) representa o avanço de um estádio de libertação do eleitorado. Este fenómeno poderá constituir uma forte dinâmica política de libertação e consequente apetência para novas ideias, novas ideologias e novos projectos.
5- O clubismo político, que é expresso por uma forte votação tradicional (até irracional), que está claramente expressa na generalidade dos partidos com expressão parlamentar, que resiste por atitude reaccionária a todas as evidências de indispensabilidade de mudança, representa ainda, comprovadamente por estes resultados eleitorais, uma forte dinâmica de resistência à indispensável abertura à possibilidade de alterações ao actual sistema político, sendo factor decisivo para a preservação de uma partidocracia dominante e dominadora.
6- A comprovada incapacidade, dos chamados pequenos partidos conseguirem ultrapassar a circunstância de inacessibilidade parlamentar, é uma demonstração inequívoca da total limitação democrática do actual sistema político.
7- As eleições legislativas acentuaram ao extremo, a personalização da exclusividade de opção de escolha, entre dirigentes dos partidos. Não se debatem, nem se escolhem programas, ignoram-se, omitem-se e desprezam-se candidatos a deputados…as eleições passaram assim a ser uma escolha de governos e não de representantes. O deputado é assim totalmente secundarizado, logo passa a ser impossível a sua responsabilização. Os próprios partidos políticos passam também a ser subalternizados, porque muito mais dependentes da força eleitoral dos seus lideres…acentuou-se assim a dependência do eleitorado perante os directórios dos partidos e perante as personalidades e carácter dos dirigentes. É a dinâmica da personalização da partidocracia que saiu fortemente reforçada.
8- Os três partidos filiados em internacionais e dependentes do exterior, subscritores do acordo de resgate nacional, representam eleitoralmente mais de 75% do eleitorado. Esta é a verdadeira medida da dependência externa em que nos deixamos envolver.
Porventura haverá outras questões importantes diferentes das que assinalei. Mas sobre estas não tenho quais dúvidas que deveremos reflectir profundamente…se queremos preservar a nossa liberdade, regenerar a democracia nacional e preservar um futuro colectivo dentro do nosso direito à independência e num quadro de soberania nacional que nos garanta a possibilidade de termos direito à diferenciação de ser portugueses e termos orgulho no que somos.
José J. Lima Monteiro Andrade
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Como vou agir nas eleições de 5 de Junho.
Como agirei no próximo acto eleitoral...
Seguindo concelho de Aristóteles:
"Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil."
Não é possível que nas próximas eleições os portugueses deixem de expressar objectivamente através do seu voto, a sua indignação e zanga, face ao governo que nos encaminhou irresponsavelmente para a ruína…social, política, económica e financeira.
O acto eleitoral de 5 de Junho é assim determinante para o futuro de Portugal.
Uma escolha entre a expressão clara e inequívoca da nossa vontade de mudar ou a submissão perante a dominação, de quem usurpou a nossa benevolência.
Estamos zangados pela humilhação a que fomos sujeitos, pela mentira sistemática com que a propaganda governamental nos tenta manipular, pela incapacidade e irresponsabilidade governativa.
Estamos zangados com a pessoa certa…Sócrates.
Na medida certa… a sua derrota eleitoral.
Na hora certa …as próximas eleições de 5 de Junho.
Pelo motivo certo…a sua incompetência como governante.
Da maneira certa … pela concentração dos nossos votos em quem tem uma natural posição para o derrotar.
É fácil expressar a nossa zanga…em comentários e desabafos.
Não será fácil para muitos de nós, seguir este conselho do sábio….mas o seu sábio conselho é essencial e determinante para a salvação da nossa dignidade e para a preservação de uma porta aberta de esperança no nosso futuro colectivo.
Por Portugal e pelo nosso amor a esta terra e aos nossos descendentes.
Sigamos então este sábio conselho e continuemos a lutar pela nossa liberdade e diferenciação como Nação orgulhosa de seus filhos.
Repetirei esta mensagem até à exaustão…pois amo Portugal e não abdico da minha dignidade como português orgulhoso da sua condição.
José J. Lima Monteiro Andrade
Seguindo concelho de Aristóteles:
"Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil."
Não é possível que nas próximas eleições os portugueses deixem de expressar objectivamente através do seu voto, a sua indignação e zanga, face ao governo que nos encaminhou irresponsavelmente para a ruína…social, política, económica e financeira.
O acto eleitoral de 5 de Junho é assim determinante para o futuro de Portugal.
Uma escolha entre a expressão clara e inequívoca da nossa vontade de mudar ou a submissão perante a dominação, de quem usurpou a nossa benevolência.
Estamos zangados pela humilhação a que fomos sujeitos, pela mentira sistemática com que a propaganda governamental nos tenta manipular, pela incapacidade e irresponsabilidade governativa.
Estamos zangados com a pessoa certa…Sócrates.
Na medida certa… a sua derrota eleitoral.
Na hora certa …as próximas eleições de 5 de Junho.
Pelo motivo certo…a sua incompetência como governante.
Da maneira certa … pela concentração dos nossos votos em quem tem uma natural posição para o derrotar.
É fácil expressar a nossa zanga…em comentários e desabafos.
Não será fácil para muitos de nós, seguir este conselho do sábio….mas o seu sábio conselho é essencial e determinante para a salvação da nossa dignidade e para a preservação de uma porta aberta de esperança no nosso futuro colectivo.
Por Portugal e pelo nosso amor a esta terra e aos nossos descendentes.
Sigamos então este sábio conselho e continuemos a lutar pela nossa liberdade e diferenciação como Nação orgulhosa de seus filhos.
Repetirei esta mensagem até à exaustão…pois amo Portugal e não abdico da minha dignidade como português orgulhoso da sua condição.
José J. Lima Monteiro Andrade
domingo, 15 de maio de 2011
Como pode Passos Coelho ainda ganhar…porque se ele ganhar, Portugal poderá ter futuro.
Convocar eleições num período de resgate nacional por insolvência financeira, foi um enorme disparate político do Presidente da Republica e Conselheiros de Estado e muito provavelmente irá ter consequências dramáticas para o nosso futuro próximo.
Esta minha afirmação foi feita logo na altura e tentei desenvolver alguns argumentos que infelizmente se estão a concretizar.
Sócrates e o PS, foram os principais beneficiários da decisão. Passo Coelho o principal prejudicado.
Uma parte significativa do eleitorado do PCP e BE, acredita que Sócrates irá ser o mais útil lutador, perante as medidas de austeridade e sacrifício, impostas pela Troika.
Sócrates que é capaz de enganar os portugueses, também será capaz de enganar o FMI e a União Europeia…é nisto que apostam muitos eleitores, que pretendem evitar a mudança radical de vida e das funções do Estado na sociedade portuguesa.
Sócrates pelo seu perfil, de ausência de princípios, transforma-se assim na derradeira tábua de salvação dos defensores e beneficiários de um Estado garantia dos rendimentos e regalias sem esforço.
Esta é a mentalidade generalizada numa parte significativa da população, para quem o actual PS, passou a ser a única garantia de preservação.
É claro que estão profundamente enganados…o acordo com a Troika é um compromisso nacional e uma vitória do PS nestas eleições, apenas ocasionará uma instabilidade adicional de natureza política e uma maior desmotivação da sociedade civil para ultrapassar a gravíssima crise económica, política e social, que assume como nunca na nossa história, também o carácter de uma crise de independência e soberania.
A vitória de Sócrates e do seu PS, será um fortíssimo contributo para a condenação de Portugal como país soberano e independente…será o aval popular à instabilidade politica provocada pela incapacidade do actual Presidente da Republica.
O erro do Presidente foi ainda mais reforçado com os apelos ao consenso nacional entre os partidos subscritores do acordo com a Trioka.
Esta lamentável distorção do sentido democrático, originou uma enorme dificuldade adicional ao novo líder do maior partido da oposição. Passo Coelho teve então a indispensável necessidade de se distanciar o mais possível de Sócrates, mas dificilmente o poderia fazer através de propostas, pois elas já estavam estabelecidas, mas sim através de atitudes.
Sócrates, que é o Secretário Geral do PS, domina totalmente o seu partido e o seu partido tem uma forte dominância na comunicação social, que representa uma máquina de propaganda como em momento algum aconteceu e como nunca seria imaginável acontecer num regime democrático.
Passos Coelho não é o Secretário Geral do seu partido.
O Secretário Geral do PSD é assim uma peça dominante para a acção difícil da liderança de um novo presidente sujeito a uma afirmação de natureza pessoal e a uma luta política desigual.
Os erros sucedem-se… o partido é sujeito a uma fortíssima infiltração de lobies e de seitas secretas…o grupo de Boston nas matérias da educação, o movimento da sociedade civil, dos gestores públicos, a invasão maçónica, de que o folhetim Fernando Nobre, assume maior evidencia e controvérsia.
Passos Coelho, fica sujeito e tem necessidade de se afastar de muitas das propostas e atitudes protagonizadas por este dinâmica de assalto ao PSD, que obriga a inúmeras intervenções contraditórias decorrentes das lutas internas.
Passos Coelho ficou fragilizado e deve esse facto ao seu Secretário Geral.
Esta situação de eminente dificuldade do único líder capaz de derrotar, quem nos condenou, veio a originar o deslumbramento de Paulo Portas.
Uma subida eleitoral à custa desta lamentável dificuldade do PSD se assumir unido e respeitador do seu actual líder, originou essa ridícula pretensão de Paulo Portas candidato a Primeiro Ministro.
Mas Portas não teve a frontalidade suficiente para rejeitar liminarmente vir a ser parceiro num Governo com o PS. Com isso deu argumentos a Sócrates e a todo o deslocamento do eleitorado que tem favorecido o PS nas sondagens.
O “Nim” de Paulo Portas e a sua coincidência de posição, de poder não participar num Governo com o PSD, caso Passos Coelho ganhe, também é um forte contributo para toda esta dinâmica de insolvência política e um pronuncio gravíssimo para o nosso futuro colectivo.
Só a vitória de Passo Coelho poderá evitar o descalabro nacional…mas para que isso aconteça, é cada vez mais indispensável e urgente, a sua demarcação do seu próprio Secretário Geral.
Passos Coelho, terá de se assumir como líder indiscutível e incontestado…que o seu partido entenda de uma vez, que não é apenas um instrumento da futura influencia dos lobies e da maçonaria, mas sim o travão dessa influência e o único instrumento politico deste sistema que pode abrir a porta da mudança que se impõe, sem graves convulsões sociais.
José J. Lima Monteiro Andrade
Esta minha afirmação foi feita logo na altura e tentei desenvolver alguns argumentos que infelizmente se estão a concretizar.
Sócrates e o PS, foram os principais beneficiários da decisão. Passo Coelho o principal prejudicado.
Uma parte significativa do eleitorado do PCP e BE, acredita que Sócrates irá ser o mais útil lutador, perante as medidas de austeridade e sacrifício, impostas pela Troika.
Sócrates que é capaz de enganar os portugueses, também será capaz de enganar o FMI e a União Europeia…é nisto que apostam muitos eleitores, que pretendem evitar a mudança radical de vida e das funções do Estado na sociedade portuguesa.
Sócrates pelo seu perfil, de ausência de princípios, transforma-se assim na derradeira tábua de salvação dos defensores e beneficiários de um Estado garantia dos rendimentos e regalias sem esforço.
Esta é a mentalidade generalizada numa parte significativa da população, para quem o actual PS, passou a ser a única garantia de preservação.
É claro que estão profundamente enganados…o acordo com a Troika é um compromisso nacional e uma vitória do PS nestas eleições, apenas ocasionará uma instabilidade adicional de natureza política e uma maior desmotivação da sociedade civil para ultrapassar a gravíssima crise económica, política e social, que assume como nunca na nossa história, também o carácter de uma crise de independência e soberania.
A vitória de Sócrates e do seu PS, será um fortíssimo contributo para a condenação de Portugal como país soberano e independente…será o aval popular à instabilidade politica provocada pela incapacidade do actual Presidente da Republica.
O erro do Presidente foi ainda mais reforçado com os apelos ao consenso nacional entre os partidos subscritores do acordo com a Trioka.
Esta lamentável distorção do sentido democrático, originou uma enorme dificuldade adicional ao novo líder do maior partido da oposição. Passo Coelho teve então a indispensável necessidade de se distanciar o mais possível de Sócrates, mas dificilmente o poderia fazer através de propostas, pois elas já estavam estabelecidas, mas sim através de atitudes.
Sócrates, que é o Secretário Geral do PS, domina totalmente o seu partido e o seu partido tem uma forte dominância na comunicação social, que representa uma máquina de propaganda como em momento algum aconteceu e como nunca seria imaginável acontecer num regime democrático.
Passos Coelho não é o Secretário Geral do seu partido.
O Secretário Geral do PSD é assim uma peça dominante para a acção difícil da liderança de um novo presidente sujeito a uma afirmação de natureza pessoal e a uma luta política desigual.
Os erros sucedem-se… o partido é sujeito a uma fortíssima infiltração de lobies e de seitas secretas…o grupo de Boston nas matérias da educação, o movimento da sociedade civil, dos gestores públicos, a invasão maçónica, de que o folhetim Fernando Nobre, assume maior evidencia e controvérsia.
Passos Coelho, fica sujeito e tem necessidade de se afastar de muitas das propostas e atitudes protagonizadas por este dinâmica de assalto ao PSD, que obriga a inúmeras intervenções contraditórias decorrentes das lutas internas.
Passos Coelho ficou fragilizado e deve esse facto ao seu Secretário Geral.
Esta situação de eminente dificuldade do único líder capaz de derrotar, quem nos condenou, veio a originar o deslumbramento de Paulo Portas.
Uma subida eleitoral à custa desta lamentável dificuldade do PSD se assumir unido e respeitador do seu actual líder, originou essa ridícula pretensão de Paulo Portas candidato a Primeiro Ministro.
Mas Portas não teve a frontalidade suficiente para rejeitar liminarmente vir a ser parceiro num Governo com o PS. Com isso deu argumentos a Sócrates e a todo o deslocamento do eleitorado que tem favorecido o PS nas sondagens.
O “Nim” de Paulo Portas e a sua coincidência de posição, de poder não participar num Governo com o PSD, caso Passos Coelho ganhe, também é um forte contributo para toda esta dinâmica de insolvência política e um pronuncio gravíssimo para o nosso futuro colectivo.
Só a vitória de Passo Coelho poderá evitar o descalabro nacional…mas para que isso aconteça, é cada vez mais indispensável e urgente, a sua demarcação do seu próprio Secretário Geral.
Passos Coelho, terá de se assumir como líder indiscutível e incontestado…que o seu partido entenda de uma vez, que não é apenas um instrumento da futura influencia dos lobies e da maçonaria, mas sim o travão dessa influência e o único instrumento politico deste sistema que pode abrir a porta da mudança que se impõe, sem graves convulsões sociais.
José J. Lima Monteiro Andrade
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